31 de out. de 2012

Os cuidados que seu filho recebe logo depois de nascer.

Enquanto você descansa do parto, a equipe médica se encarrega do bebê. Da cabeça aos dedinhos do pé, os exames iniciais verificam a saúde do seu filho ao nascer. Veja o que acontece com ele nos primeiros instantes de vida.


Cordão
Nos primeiros minutos após a retirada do bebê, mãe e filho permanecem ligados pelo cordão. É possível até observar a pulsação sanguínea do bebê pelo órgão. As honras de cortá-lo podem ser dadas ao pai. Só depois disso a criança é levada a um berço aquecido para ser examinada pela primeira vez. Se a família optou por congelar o cordão ou doá-lo a um banco público, colhe-se o material nesse momento.

Pele 
O bebê nasce coberto de uma substância pegajosa e esbranquiçada, chamada vernix, que serve de proteção, e também com manchas de sangue (da mãe ou do próprio cordão umbilical). Como veio de um meio líquido, é preciso secá-lo imediatamente 
para que ele não perca calor. O primeiro banho "de verdade" será dado mais tarde, 
já no berçário. Devidamente seco e, após a checagem do pediatra, o recém-nascido é apresentado aos pais. Em geral, nesse momento a enfermeira permite que a mãe desenrole o filho para que ela o examine com os próprios olhos – e, claro, conte os dedinhos da mão, do pé...

Peso 
Ainda na sala de parto, os pais são informados sobre o peso do bebê. É bom lembrar que o valor estimado pelo ultra-som apresenta uma margem de erro até 30% (para mais ou para menos). Por isso, não se surpreenda se ele nascer mais fofinho ainda do que você imaginava. 

Vitamina 
A primeira injeção que o bebê recebe na vida é uma aplicação de vitamina K. Importante para a coagulação normal do sangue, seus níveis são baixos no recém-nascido, daí a necessidade do complemento. Assim como o colírio, é aplicada rotineiramente nas maternidades brasileiras.

Mãos Ao nascer, o bebê recebe uma pulseira com o nome da mãe e um número de identificação. A mãe também recebe um bracelete idêntico. Em maternidades high-tech, as pulseiras têm códigos de barra.

Boca 
Dependendo das condições de mãe e bebê, ele pode ser colocado no seio materno após a assistência neonatal. Ainda que ele não sugue o peito de imediato, esse primeiro contato estimula a amamentação.

Cabeça 
A medida do perímetro cefálico, ou seja, o tamanho da cabeça do bebê, faz parte do check-up inicial, feito ainda na sala de parto. Se não estiver dentro dos parâmetros normais, pode indicar doenças graves como hidrocefalia (acúmulo de água no cérebro). O pediatra examina, ainda, as fontanelas (as populares moleiras), nome dado às duas aberturas ósseas no crânio do recém-nascido. Elas também dão importantes informações clínicas. Em casos de desidratação, por exemplo, ficam mais afundadas.

Pulmões 
O choro do bebê, segundos após o nascimento, geralmente coincide com a primeira inspiração. Nesse instante, os pulmões iniciam sua função, já que, no útero, ele recebia oxigênio pelo cordão umbilical. Mas não se assuste se ele não chorar, é normal.

Olhos Para prevenir a conjuntivite neonatal, o bebê recebe a aplicação de uma solução de nitrato de prata a 1% em cada um dos olhinhos, tão logo vem ao mundo.

Nariz 
Quando necessário, o pediatra aspira o muco e o líquido amniótico das vias aéreas (boca e nariz) do recém-nascido para facilitar a respiração. O procedimento é mais comum em crianças nascidas de cesárea.

Cabelos 
Como a cabeça do bebê corresponde a um terço do corpo, deve ser coberta logo após o nascimento para que ele não perca muito calor. Até porque a maioria dos recém-nascidos tem pouco cabelo. Por isso, em algumas maternidades, a criança é apresentada aos pais de touca. Ainda mais fofos!

Pés
Os pés do bebê, assim como as digitais da mãe, são carimbados num mesmo documento, que fará parte da ficha de identificação da criança. O carimbo é uma ótima lembrança para guardar no álbum! 


Sinais vitais 
O teste de Apgar, como é chamado o primeiro exame médico do bebê, é realizado segundos após o nascimento. Ele avalia a cor da pele, a freqüência cardíaca, a respiração, os reflexos e o tônus muscular. Os testes são repetidos no quinto minuto de vida. Ao final do exame, o bebê recebe uma nota (de 0 a 10). Cerca de 90% dos bebês "tiram" de 8 a 10, ou seja, nascem em ótimas condições.

Fontes: Miriam Ricca, pediatra neonatologista, do Hospital e Maternidade São Luiz; Andrea Patente, pediatra neonatologista do Hospital e Maternidade São Camilo

30 de out. de 2012

CUIDADO COM AS MAMAS SÃO ESSENCIAIS PARA A AMAMENTAÇÃO!

As mamas são as primeiras a sofrer alterações durante a gestação. Crescem, ficam mais pesadas e suas veias dilatam para que possam se preparar para a produção de leite. No entanto, alguns desses efeitos podem ser evitados com alguns cuidados simples.

Segundo o ginecologista e obstetra Domingos Mantelli Borges Filho, manter a higiene, usar o sutiã correto, evitar exposição solar e fazer uso diário de hidratantes são ações que ajudam a manter a pele dos seios saudável. Confira as dicas do especialista:

1- Quando a gestante deve iniciar os cuidados com as mamas?
É importante hidratar a pele antes mesmo de engravidar. A hidratação ajuda na regeneração celular e no combate ao envelhecimento. Cremes e óleos à base macadâmia ou manteiga de karitê, devem ser aplicados duas vezes ao dia. Evite passar loções nas aréolas e nos mamilos.

2-  O sol pode beneficiar a saúde das mamas?

Sim. O contato solar ajuda a prevenir rachaduras nos mamilos e ativa a vitamina D no organismo. A gestante pode pegar sol entre as 10h da manhã e depois das 15h, mas sempre com o uso do filtro solar. O ideal é tomar sol 15 minutos por dia.

3-  Alimentação interfere nos seios? 

A gestante deve aderir a uma dieta balanceada em alimentos ricos em licopeno como o tomate, biotina encontrada em grãos, ovos, carne vermelha e vitamina C. O consumo desses alimentos ajuda a manter a pele mais firme.

4- O silicone pode interferir na amamentação?
Os implantes de silicone não impedem ou interferem no aleitamento. Porém, a mãe pode necessitar de ajuda nos primeiros dias após o parto devido a alguma dificuldade de produção de leite. Neste caso, deverá dar de mamar de forma frequente, sem restrições.

29 de out. de 2012

Depressão pós-parto



É grande o número de mulheres que se queixa de certa tristeza e irritabilidade depois que dão à luz. A criança nasceu perfeita, com boa saúde, o pai está feliz, os avós também. Nada aconteceu de errado, elas voltam com o bebezinho para casa, onde tudo foi preparado para recebê-lo, mas são invadidas por uma espécie de melancolia que não sabem explicar. Se esse sentimento for passageiro e desaparecer em alguns dias, não há motivo para preocupação. Seu organismo passou por verdadeiras revoluções hormonais nos últimos tempos que podem ter mexido com o sistema nervoso central.
Há mulheres, porém, em que a tristeza aparece algumas semanas depois do parto, vai ficando cada vez mais intensa a ponto de torná-las incapazes de exercer as mais simples tarefas do dia a dia, e elas passam a demonstrar apatia e desinteresse por tudo que as cerca.
Num passado não muito distante, esses sintomas não eram valorizados; ninguém falava em depressão pós-parto. Os transtornos de humor eram considerados traços da personalidade feminina. Sem diagnóstico nem tratamento adequado, ou a doença se resolvia espontaneamente ou tornava-se crônica.
DIFERENÇA ENTRE TRISTEZA E DEPRESSÃO PÓS-PARTO
Drauzio – Qual a diferença básica entre tristeza e depressão pós-parto?
Frederico Navas Demetrio – É importante estabelecer essa diferença. A tristeza pós-parto é quase fisiológica. Dependendo da estatística, de 50% a 80% das mulheres apresentam certa tristeza, certa disforia e irritabilidade que têm início em geral no terceiro dia depois do parto,  dura uma semana, dez, quinze dias no máximo, e desaparece espontaneamente. Já a depressão pós-parto começa algumas semanas depois do nascimento da criança e deixa a mulher incapacitada, com dificuldade de realizar as tarefas do dia a dia.
Drauzio – Existe explicação neurobioquímica para a depressão pós-parto?
Frederico Navas Demetrio – O pós-parto é um período de deficiência hormonal. Durante a gestação, o organismo da mulher esteve submetido a altas doses de hormônios e tanto o estrógeno quanto a progesterona agem no sistema nervoso central, mexendo com os neurotransmissores que estabelecem a ligação entre os neurônios. De repente, em algumas horas depois do parto, o nível desses hormônios cai vertiginosamente, o que pode ser um fator importante no desencadeamento dos transtornos pós-parto. Mas esse não é o único fator. Todos os sintomas associados ao humor e às emoções são multideterminados, ou seja, não têm uma causa única. Portanto, não é só a deficiência hormonal que está envolvida tanto na tristeza pós-parto, quanto no quadro mais grave que é a depressão pós-parto.

Drauzio 
– Que fatores são esses?
Frederico Navas Demetrio - Mulher com história de depressão no passado, seja relacionada ou não com o parto, ou depressão durante a gravidez (quadro menos frequente, mas também possível) está mais sujeita a desenvolver transtornos depressivos. Alguns fatos, por exemplo gravidez não desejada ou não planejada, causam aumento do estresse ao longo da gestação e podem contribuir para o aparecimento do problema.
Drauzio –  Como você distingue a simples tristeza pós-parto de curta duração que passa  espontaneamente da depressão que precisa ser tratada adequadamente?
Frederico Navas Demetrio –. Diante de um paciente com palidez cutânea que reclama de fraqueza, o médico pede um hemograma que confirma o diagnóstico clínico de anemia. Em psiquiatria, não existem exames complementares para respaldar o diagnóstico, que depende basicamente dos sinais e sintomas que a pessoa apresenta, de como eles se manifestam ao longo do tempo e de sua intensidade. Outro conceito importante para distinguir a tristeza da depressão pós-parto é determinar se o transtorno é disfuncional, isto é, se interfere na vida do dia a dia.
DIAGNÓSTICO
Drauzio – Quando começam a aparecer os sintomas de tristeza?
Frederico Navas Demetrio - A tristeza pós-parto surge dois ou três dias depois de a mulher dar à luz, em cinco dias atinge o máximo e some em dez dias. A depressão instala-se lentamente; só de quatro a seis semanas depois do parto o quadro depressivo torna-se intenso. É uma doença que exige tratamento mais agressivo com medicamentos.
Por isso, se atendo uma mulher, uma semana depois de ter dado à luz, com os sinais clássicos de tristeza puerperal, que pode ter sido desencadeada até por privação do sono – às vezes, o bebê acorda muito à noite – e por mudanças hormonais, recomendo que espere um pouquinho, pois essa sensação desagradável poderá desaparecer em alguns dias sem deixar vestígios. Ao contrário, se os sintomas foram se instalando gradativamente ao longo de várias semanas e ficando piores a cada dia, ela pode estar desenvolvendo um quadro de depressão pós-parto.
Drauzio – Isso quer dizer que, num primeiro contato, é muito difícil estabelecer o diagnóstico com clareza.
Frederico Navas Demetrio – É difícil. Entretanto, se a moça deu à luz há mais de um mês e a tristeza continua intensa, é grande a probabilidade de estar com depressão pós-parto. Fechar o diagnóstico, porém, depende dos sintomas que apresenta e de como e quanto eles estão interferindo no seu dia a dia.
Drauzio – Com que frequência aparecem os casos de depressão pós-parto?
Frederico Navas Demetrio – Segundo revelam as estatísticas americanas, a depressão verdadeira, essa que surge várias semanas depois do parto e requer tratamento específico, acomete em torno de 10% a 15% das mulheres, o que é um número muito alto.
Drauzio – Essas mulheres recebem o diagnóstico de depressão quando manifestam os sintomas?
Frederico Navas Demetrio – Infelizmente, a maior parte dessas mulheres não fica sabendo que está deprimida e atribui os sintomas ao estresse, ou não tem suas queixas valorizadas pelo companheiro, nem pelo pediatra que atende a criança, nem pelo obstetra que acompanha o pós-natal. Como o início não é abrupto, o transtorno assume ares de algo fisiológico, sem importância, e elas não recebem o tratamento adequado. O resultado é que, às vezes, o quadro pode resolver espontaneamente, mas, em muitas outras, pode tornar-se crônico.
SINAIS DE ALERTA
Drauzio – Como a mulher que está se sentindo meio entristecida depois do parto pode perceber que aquilo é algo passageiro, ou sintoma de uma depressão mais grave?
Frederico Navas Demetrio – Para a mulher que deu à luz há poucos dias, é quase certo que os sintomas desaparecerão espontaneamente em duas ou três semanas. No entanto, aquelas que deram à luz há um mês, um mês e meio, e estão cada vez mais tristes, precisam prestar atenção em alguns sintomas fundamentais.
O primeiro é que a tristeza não está relacionada só com o nascimento da criança. Não está restrita ao fato de não se considerar boa mãe nem suficientemente capaz para cuidar do bebê. A tristeza permeia outros contextos de sua vida. A mulher deprimida perde o interesse pelo programa de televisão que gostava de ver, pelas leituras que lhe davam prazer, pela profissão. Às vezes, a licença-maternidade está chegando ao fim e ela pouco se importa com a perda do emprego se não reassumir o cargo.
Outros sintomas são a sonolência, a falta de energia durante o dia inteiro, o desinteresse pelo marido, o desejo sexual que não retorna e as alterações do apetite para mais e para menos. Algumas ficam famintas e comem muito. Outras nem podem chegar perto dos alimentos.
A ansiedade faz parte também do quadro de depressão pós-parto. A mulher tem ataques de pânico sem ser portadora desse transtorno ou pode desenvolver comportamentos obsessivos em relação à criança como agasalhá-la demais ou verificar a cada instante se ela está respirando.
Drauzio – Toda mulher faz isso quando tem um filho. Como saber se esse sintoma faz parte de um quadro patológico?
Frederico Navas Demetrio – Na depressão pós-parto, esse comportamento é exagerado e está associado a muita tristeza. Acima de tudo, o sofrimento é enorme e a pessoa está consumida pela sensação de fim de linha e de sua capacidade para sair daquela situação. De qualquer forma, repito, é sempre preciso considerar o conjunto dos sintomas para fechar o diagnóstico.
PREVALÊNCIA
Drauzio – A depressão pós-parto é mais frequente no nascimento do primeiro filho ou aparece também nas outras gestações?
Frederico Navas Demétrio – Depende dos antecedentes da mulher. Se ela teve depressão no pós-parto de um filho, a possibilidade de repetir o quadro em outra gestação é de 50%.
Na verdade, a recorrência da depressão é muito alta. Ela é considerada uma doença episódica recorrente e a tendência é manifestar-se novamente se repetida a situação em que surgiu pela primeira vez.
Drauzio – Mas isso acontece também com a depressão comum…
Frederico Navas Demetrio – Ocorre, sim. Em 50% dos casos, quem teve depressão uma vez vai repetir o quadro em algum momento da vida. Se ela se manifestou no período pós-parto, cerca de 30% das mulheres correm o risco de desenvolver a doença fora desse período.
Drauzio – A mulher que teve depressão na adolescência ou na vida adulta corre risco maior de desenvolver depressão pós-parto?
Frederico Navas Demetrio – O risco de depressão pós-parto é maior se a mulher desenvolveu um episódio depressivo anteriormente, mesmo que tenha sido tratada, ou se teve depressão durante a gravidez. Anos atrás, considerava-se que as doses elevadas de hormônios presentes durante a gestação protegiam a mulher. Hoje se sabe que não é bem assim. Mulher grávida também está sujeita a ter depressão. Como, muitas vezes, ela interrompe o tratamento temendo que a medicação possa prejudicar a criança, o risco de a doença agravar-se depois do parto aumenta muito.
TRATAMENTO

Drauzio – Há medicamentos para tratar a depressão seguros para o feto?
Frederico Navas Demétrio – Há medicamentos seguros. Tanto os mais antigos, os tricíclicos, quanto os mais modernos, como os inibidores de recaptura da serotonina, são seguros quer em termos de malformações quer como agentes neurocomportamentais, ou seja, não provocam malformações na criança nem alterações em seu comportamento. Acompanhados até a idade pré-escolar, os filhos de mulheres que engravidaram tomando esse tipo de medicação não mostraram nenhum transtorno comportamental.
Há alguns anos, o tratamento de escolha para a depressão durante a gravidez era o eletrochoque. Hoje, ele só é indicado  para casos muito graves, com risco de suicídio e que exigem resposta rápida.
Drauzio – Se tomados durante a fase de amamentação, esses remédios podem prejudicar a criança?
Frederico Navas Demetrio – Durante a gestação, esses medicamentos não interferem na formação da criança, porque dentro do útero ela não faz esforço respiratório. Depois que nasce, porém, seu efeito sedativo pode passar pelo leite e o perigo existe. Por isso, são indicados alguns antidepressivos específicos que passam menos para o leite materno e o esquema é discutido com a mulher. Uma das sugestões é desprezar o leite colhido algumas horas depois de tomada a medicação, aquele em que os componentes da droga estão mais concentrados, e oferecer o colhido mais tarde. Isso diminui a exposição da criança ao antidepressivo e permite utilizá-lo durante o aleitamento.
]Drauzio – O uso da medicação é sempre fundamental no tratamento da depressão pós-parto?
Frederico Navas Demetrio – É sempre fundamental. Embora algumas depressões desapareçam espontaneamente, uma porcentagem significativa se cronifica. E tem mais: se não for tratado, o episódio agudo pode deixar um resíduo que se confunde com a distimia, uma forma de depressão mais leve, crônica, que interfere na capacidade de raciocínio e no desempenho funcional. Muitas vezes, essa depressão contínua é considerada um traço da personalidade da mulher e nenhuma providencia efetiva é posta em prática.
Drauzio – A psicoterapia também ajuda a tratar da depressão?
Frederico Navas Demetrio – Como a depressão em geral tem múltiplos fatores determinantes, isto é, não é provocada só por condições biológicas, mas tem fatores sociais e familiares envolvidos, a psicoterapia individual ajuda a mulher a lidar melhor com o problema e a descobrir que tem um potencial que precisa ser estimulado.
Drauzio – Nos casos em que a depressão não é diagnosticada e evolui sem tratamento, há risco de suicídio?
Frederico Navas Demetrio – Embora localizada no período pós-parto, a depressão se comporta da mesma maneira que nas outras fases da vida, e o risco de suicídio existe. No caso específico da depressão pós-parto, a forte ligação entre mãe e filho acaba protegendo um pouco a mulher. Mas, se a evolução da doença for muito negativa e os sintomas se agravarem progressivamente, ela pode chegar à conclusão de que é realmente incapaz de cuidar da criança e, infelizmente, cometer suicídio.
Drauzio – Muita gente confunde depressão pós-parto com os casos de psicose em que a mãe agride e eventualmente mata o filho. Existe alguma relação entre essas duas doenças?
Frederico Navas Demetrio – Depressão pós-parto e psicose puerperal são quadros muito diferentes. Felizmente, os casos de psicose são raros. A prevalência é de um caso para cada cem mil nascimentos.
O início da psicose puerperal é precoce. Durante a primeira semana depois do parto, a mulher perde o contato com a realidade e começa a acreditar em coisas que não existem, a ouvir vozes, a ter a sensação de incorporações com entidades, delírios e crenças irracionais.
Às vezes, imagina possuir superpoderes e pode lesar a criança não intencionalmente, mas porque acha que pode voar e atira-se pela janela com o bebê no colo. Essa doença muito grave é bem diferente da depressão que começa várias semanas depois do parto e evolui gradativamente.

27 de out. de 2012

Será que é normal na gravidez... perder peso, sentir cólicas, ter ondas de calor?

É só a mulher engravidar que os receios aparecem: ganho de peso, dores, movimentos do bebê. Veja o que é comum na gestação e o que é realmente motivo de preocupação.



Se você está grávida, é bem provável que junto com sua barriga cresçam também as dúvidas sobre a gestação e o desenvolvimento do bebê. As mudanças no seu corpo e a expectativa da chegada do novo membro da família podem tirar o seu sono. Mas a maioria dos desconfortos sentidos pela mulher durante a gestação e no pós-parto não é sinal de problemas de saúde para a mãe e filho. Veja as respostas dos médicos para algumas dúvidas comuns nos consultórios e curta bastante os nove meses. 

É normal ter cólicas no começo da gravidez? 
As cólicas por si só não são um problema. A gestante deve ficar atenta se o incômodo vier acompanhado de sangramento vaginal, presença de sangue na urina ou dificuldade para urinar. Dores persistentes também merecem uma consulta médica. Mas o problema nem sempre tem relação com o bebê: as cólicas podem ser decorrentes de outros órgãos, como um cálculo de bexiga, por exemplo. 
Já a partir da 28a semana de gestação, é comum a grávida começar a sentir as contrações de Braxton-Hicks. São contrações indolores, que podem ser confundidas com cólicas, mas não são indicativas de trabalho de parto pré-maturo. Elas funcionam como um treinamento do útero para o trabalho de parto e são esporádicas, sem ritmo definido. 

É normal sentir indigestão, e não enjoos, durante a gestação? 
Apesar de a causa dos enjoos ainda ser motivo de especulação entre os médicos, eles são bastante freqüentes até o terceiro mês da gravidez. Em casos mais raros, as náuseas impossibilitam a alimentação e a ingestão de líquidos, levando à perda de peso da gestante, que pode até ser internada. 
Também é comum a mulher sofrer com indigestão após a 20a semana de gestação. A explicação para o problema é simples: o útero expandido aperta o estômago, que fica com pouco espaço para receber alimentos. Para melhorar o incômodo, é melhor fazer várias pequenas refeições ao longo do dia e não se deitar logo após o jantar. Evitar café, chocolate e comidas gordurosas também alivia a indigestão. 

É normal perder peso na gestação? 
A perda de peso na gravidez não deve ser considerada normal, embora aconteça com alguma frequência nos três primeiros meses. Nesse período, a mulher pode ter náuseas e menos apetite. No entanto, o peso perdido deve ser recuperado após o primeiro trimestre e, caso essa perda exceda 800 gramas por mês, pode ser necessária a internação da gestante para que receba alimentação intravenosa. Após o primeiro trimestre, perder peso passa a ser mais preocupante. Se você está com dificuldade para ganhar os quilos recomendados por seu médico, é aconselhável fazer acompanhamento com um nutricionista também. 

É normal sentir ondas de calor na gravidez? 
Mesmo as mulheres mais friorentas podem abandonar os casacos durante a gestação. As ondas de calor são uma resposta fisiológica do organismo: a gestante apresenta um estado hormonal similar ao da menopausa, quando há menor produção de estrogênio. Portanto, vista roupas leves, tome bastante líquido e não se preocupe. 

É normal ter diarreia nas últimas semanas de gravidez? 
Apesar de não ser muito frequente, existe a possibilidade e você ter episódios de diarreia no final da gestação. Algumas substâncias que começam a ser produzidas pelo seu organismo conforme o parto se aproxima – como a ocitocina – são as responsáveis por esse desarranjo. Além disso, a ansiedade também pode causar as dores de barriga. 

É normal ficar um dia inteiro sem sentir o bebê mexer na barriga? 
Em geral, as gestantes sentem o bebê se mexer pela primeira vez por volta da 18a semana. É claro que isso não é uma regra e você pode sentir o seu filho antes ou depois disso. Sem problemas! Mas os especialistas lembram que, uma vez estabelecido um padrão de movimentação, o habitual é que você perceba o seu bebê diversas vezes ao longo do dia. Não existe consenso entre os médicos sobre quantas vezes o feto deve se movimentar, mas caso você não sinta nada num período de três horas, vale a pena falar com seu médico – especialmente nas gestações de alto risco, como mães diabéticas ou hipertensas. 

É normal, no pós-parto, sentir tonturas ao amamentar? 
As tonturas podem ocorrer devido a baixas taxas de glicemia no sangue. Para evitá-las, a mulher deve manter uma alimentação regular, comendo a cada três horas e tomando bastante líquido (principalmente água e sucos). Além disso, descansar enquanto o bebê estiver dormindo também é fundamental para a amamentação. Caso não tenha nenhum problema de saúde, como diabetes ou pressão alta, você também pode tomar um copo de água com açúcar se sentir tonturas ao amamentar. Mas atenção: se o problema persistir, o melhor a fazer é consultar o médico. 

É normal ter mastite após o desmame? 
A mastite é uma inflamação das glândulas mamárias e pode acontecer pelo acúmulo do leite nas mamas. Se o desmame ocorre de maneira natural e paulatina, conforme o bebê começa a consumir outros alimentos e a mãe passa a produzir menos leite, a mastite é muito rara. O problema é mais comum quando a mulher volta ao trabalho após os quarto meses de licença-maternidade e a amamentação é interrompida de forma abrupta. Nesses casos, compressas frias e massagens nos seios para esvaziá-los podem ajudar. Se o problema persistir, é preciso procurar orientação médica. 

Fontes: Eliane Alfani, pediatra do Hospital e Maternidade São Luiz, Marcos Eiji Shiroma, ginecologista do Hospital e Maternidade São Luiz, e Antônio Sales Barbosa, ginecologista do Hospital Santa Catarina

26 de out. de 2012

Acerte na mala da maternidade.


8 dicas para acertar na hora de montar a mala da maternidade.




Deixe tudo pronto desde o sétimo mês. Se o bebê adiantar, você não terá que se preocupar com isso. Veja como arrumar tudo sem erro.

• Lave as roupas com sabão neutro e, de preferência, tire as etiquetas. Não é aconselhável usar amaciante, pois pode provocar alergia no bebê. 

• Na maternidade, o bebê irá trocar de roupa pelo menos duas vezes ao dia. Como, em geral, mãe e filho costumam passar três dias por lá, a conta é simples: são seis macacões, seis bodies e seis calças com pé (também chamada de culote). Nas estações mais frias do ano, inclua também dois casaquinhos. Além das roupas, coloque fraldas de boca. Ah, na correria, não esqueça do enfeite para a porta do quarto e das lembrancinhas! 

• Deixe os conjuntos separados por troca. Assim, as enfermeiras não vão ter de perguntar para você a todo instante que roupa ele vai vestir. 

• No verão, escolha roupas de malhas mais frescas, como o algodão. Já no inverno, o bebê precisa de roupas quentinhas. Opte, então, pelos tecidos mais pesados como a lã e o plush. 

• Evite modelos com alfinetes, elásticos, golas e babados. Além de atrapalhar a amamentação, esses enfeites podem machucar o bebê. 

• Compre roupas com aberturas na frente e botões de pressão. Elas são bem mais práticas no momento da troca. 

• Não é necessário levar sapatinhos e meias, os macacões já cumprem a função de aquecer os pés do bebê. O mesmo vale para os produtos de higiene pessoal que, geralmente, são fornecidos pela maternidade. De qualquer forma, consulte o seu hospital. 

• Leve uma manta para enrolar o bebê – não só por causa do frio, mas também porque, com certeza, todo mundo vai querer pegá-lo no colo! 

25 de out. de 2012

Pode a cafeína e a gestante viverem em harmonia?



Todo mundo já ouviu as advertências sobre o consumo de álcool durante a gravidez, mas e a respeito da ingestão de cafeína durante a gravidez? O café contém cafeína, que é uma droga estimulante, e que acaba atravessando a placenta, portanto, qualquer mulher grávida que consome cafeína acaba levando diretamente ao feto. O que as análises tem demonstrado é que ainda não se sabe ao certo se a cafeína prejudica o feto.

O consenso sobre a cafeína na gravidez parece estar em um dilema  que permite o consumo de dois ou três copinhos de café (cerca de 300 mg de cafeína) durante o dia e alega não irá causar qualquer dano o feto. A questão é que os copos de café de hoje são enormes na maioria das cafeterias o que requér especial atenção a quantidade de café. Uma xícara de café expresso, por exemplo, tem cerca de 100 mg de cafeína. De acordo com o gerente de menus da rede Starbucks, um copo de café Americano tem cerca de 250mg de cafeína. Então, um simples café na Starbucks coloca uma mulher no limite de ingestão diária de cafeína. Isso significa que a gestante não poderá consumir por exemplo nenhum refrigerante adicional, chá, ou mesmo chocolate que contenha cafeína na sua composição.

Algumas pesquisas norte-americans apontaram que a ingestão diária de mais de 300 mg de cafeína pode aumentar o risco de parto, aborto prematuro e baixo peso ao nascer. As informações até o momento sobre a cafeína e gravidez são persuasivas, mas não conclusivas. Outros estudos têm mostrado que os bebês cujas mães consumiram mais de 500 mg de cafeína por dia tinham batimentos mais rápidos no coração e  respiração do que os bebés cujas mães evitaram a cafeína. Os estudos mais assustadores são aqueles que mostram que a inteligência é diminuída com o uso de cafeína.

Felizmente esses estudos são realizados apenas em ratos e macacos e ainda não confirmaram seu prognóstico em humanos. Em algumas áreas, existe uma correlação entre estudos realizados em animais e humanos, em outras áreas os animais e seres humanos reagem totalmente diferente. No momento, não há uma indicação clara de que maneira a cafeína pode afetar na redução de inteligência.

Será que a cafeína pode prejudicar o seu bebê? Talvez não, mas a cafeína e a gravidez não parecem ser um risco que vale a pena correr, uma vez que a cafeína não vai ajudá-lo durante a gravidez também. As mulheres grávidas precisam obter o descanso adequado, incluindo um bom sono.

Efeito estimulante da cafeína aumenta a freqüência cardíaca e pode induzir a insônia. Tem também um efeito diurético. As mulheres grávidas têm um risco maior de desidratação do que outras mulheres, e beber café pode ajudar a fazer mal. E mais a mulher gestante metaboliza a cafeína mais lentamente e deste modo a mesma permanece por mais tempo em seu organismo significando que seus efeitos nocivos podem ser prolongados.

Portando segundo os especialistas o ideal é evitar ou ao menos diminuir o consumo de cafeína durante o período gestacional.

24 de out. de 2012

Grávidas devem usar sutiã para dormir.



Saiba por quê!

É, a gravidez tem os seus desconfortos, que provavelmente ficarão de escanteio no instante que você vir a carinha do seu bebê. O uso do sutiã na hora de dormir é algo que transita entre vantagem e desvantagem para a gestante. O que acontece é que, como as mamas são supersensíveis à atuação dos hormônios, do primeiro ao terceiro mês de gestação elas crescem bastante, justamente quando a produção deles está alta. E o sutiã – que serve para deixar a mulher mais bonita, ajuda na sedução e outras coisas mais – tem a função de sustentar os seios, que tendem a “cair” por causa do peso, ao longo da vida. Como na gravidez, esse peso vai aumentar, a recomendação médica é usar até para dormir. Os tops – mais confortáveis, de algodão – também podem fazer sua parte. Por mais que pareça que vá incomodar, na verdade para muitas grávidas ele pode ser um alívio na hora de deitar, melhorando o sono. Não é uma obrigação, mas pode trazer benefícios. 

Fonte: Eduardo Zlotnik, obstetra do Hospital Albert Einstein (SP)

23 de out. de 2012

AMAMENTAR REDUZ OS RISCOS DE DESENVOLVER CÂNCER DE MAMA.



A amamentação, além de todos os benefícios para a saúde do bebê e para o estreitamento dos laços entre mãe e filho, tem ainda mais uma vantagem para as mulheres. Quem amamenta reduz o risco de desenvolver câncer de mama.

O presidente da Comissão Nacional Especializada em Aleitamento, da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), Dr. Antônio Lages, explica que isso ocorre não pela sucção, e sim pelo fato da mama produzir leite de forma continuada. “Assim, numa hipótese de que se uma mulher iniciasse a produção de leite e o retirasse manualmente, seu risco de desenvolver o câncer de mama seria menor”, diz.

De acordo com o médico, quem não amamenta, se comparado a uma mulher da mesma idade que amamentou, tem chances maiores de desenvolver a doença. Ele explica ainda que, do ponto de vista do risco para desenvolvimento do câncer de mama, o tempo de amamentação não influencia. Mas ressalta que, para o bebê, a amamentação deve ser a alimentação exclusiva até os seis meses. “Caso não haja produção de leite, não há o que fazer. Mas vale salientar que o melhor estímulo para a produção de leite é a sucção do bebê”, afirma.

O risco é ainda menor quando a primeira gestação ocorre antes de 30 anos. Quem explica é o Dr. Afonso Celso Pinto Nazário, da Comissão Nacional Especializada em Mastologia, da Febrasgo. “A glândula mamária atinge o seu pico de maturidade quando ocorre a gestação até o nascimento do bebê. Se isso acontece antes dos 30 anos, a mulher se previne das mutações genéticas e divisões celulares que podem ocasionar tumores relacionados ao câncer de mama. Ao atingir seu pico de maturidade com as células ainda jovens, as chances de uma mutação genética acontecer são menores”, esclarece.

Em todos os casos, a melhor forma de prevenção é o autoexame. “É muito importante que toda mulher esteja consciente do risco de câncer da mama e se preocupe com a doença, examinando suas mamas mensalmente e fazendo o controle médico anual, pois, apenas assim ela estará contribuindo para prevenção deste tipo de câncer”, finaliza Lages.

20 de out. de 2012

O controle do peso no segundo trimestre da gestação!

Estar grávida não é desculpa para comer por dois! Principalmente entre a 14ª e a 27ª semana, segundo revelou um novo estudo.


Gestantes com sobrepeso ou obesas que engordam além do esperado no segundo trimestre têm mais de 90% de chance de acumular quilos em excesso até o final da gravidez. Em compensação, mulheres dentro da faixa de peso ideal que se mantêm dentro dos limites esperados durante o mesmo período têm 77% de chance de engordar apenas o necessário até a hora de dar adeus à barriga. Esses foram os resultados de uma pesquisa realizada pela Universidade de Munique, na Alemanha, com 7.962 mulheres. 

Segundo Cecília Helena Bueno de Barboza, obstetra do Hospital e Maternidade Santa Joana (SP): “O resultado do estudo é pertinente, já que o ganho de peso realmente começa entre a 14ª e a 16ª semana. Até este momento, costuma acontecer o contrário: as mulheres emagrecem, por sofrerem com náuseas, vômitos e mal-estar, efeitos do aumento dos hormônios da gravidez: a progesterona e o beta-HCG”. Na maioria dos casos, só depois que essa fase inicial termina é que o apetite volta ao normal e a gestante, além de recuperar os quilos que perdeu, ganha outros mais para ajustar seu corpo à chegada do bebê. 

Para Rüdiger von Kries, um dos pesquisadores responsáveis pelo estudo, “Se você diz a uma pessoa: ‘você tem que perder peso [na gestação]’, isso não vai ajudá-la muito”. Por esse motivo, a grande vantagem que a pesquisa trouxe, de acordo com ele, é detectar se a gestante precisa engordar ou emagrecer enquanto ela ainda pode fazer alguma coisa a respeito disso. Desse modo, o estudo sugere que esse controle seja reforçado no segundo trimestre da gravidez. 

De olho nos ponteiros da balança 
Se você acabou de descobrir que está grávida, e está acima do peso, evite os alimentos hipercalóricos e corte os doces, consumindo apenas os açúcares das frutas. Além disso, adotar uma dieta fracionada, comendo em intervalos mais curtos, também ajuda a não exagerar no prato. “O grande erro das gestantes é ficar muito tempo em jejum. Como a maioria trabalha e não tem tempo de parar para comer, acaba ingerindo grandes quantidades de alimento de uma vez só”, alerta Cecília. Por isso, o ideal é se alimentar, no mínimo, a cada quatro horas. 

No entanto, apenas controlar a quantidade de energia ingerida muitas vezes não basta: é preciso aumentar também a quantidade de energia gasta. Assim, praticar exercícios físicos - sempre com o aval do seu médico – contribui para que a gestante fique em forma, além de proporcionar momentos de lazer e relaxamento. Esportes na água, como hidroginástica e dança aquática, são os mais recomendados para gestantes, pois além de gastarem calorias, aliviam o peso da barriga e a sobrecarga nas articulações. 

Mas não são apenas as mulheres com sobrepeso que devem se preocupar com o peso durante a gravidez. Gestantes magras demais também devem ficar atentas para que o ponteiro da balança atinja o recomendado no decorrer do segundo trimestre. Segundo o estudo alemão, as mulheres abaixo do peso que engordaram aquém do necessário durante este período tiveram 72% mais chance de terminar a gravidez pesando menos do que deveriam. 

Tanto o excesso quanto a insuficiência de peso durante a gravidez são igualmente prejudiciais. Se, por um lado, o exagero aumenta as chances de a criança ter mais problemas de saúde no futuro, como a obesidade infantil, por outro, a carência pode contribuir para partos prematuros e para crianças de baixo peso. 

“Como saber quantos quilos posso engordar?” 
Essa pergunta, sem dúvidas, está entre as top 10 mais citadas em consultórios de obstetras. 
A resposta vem de uma soma simples entre o peso de diversos elementos que a gravidez alterna no corpo da mulher, além do peso do próprio bebê (obviamente!). Considera-se o aumento do útero (900g), o volume de sangue extra que circula no corpo (1,2kg) e o estoque de gordura que se acumula naturalmente para compensar o gasto de energia da amamentação (de 2 a 3 kg). Por fim, é acrescentada ao cálculo a média de peso dos recém-nascidos, que é de 3,2 kg. 

Para se ter uma ideia, estima-se que uma gestante que inicia a gravidez com um IMC (índice de massa corpórea) normal, entre 20 e 24, deva ganhar de 9 a 12 kg até o final da gravidez. Mas, atenção: apenas um obstetra pode realizar monitorar o ganho de peso durante a gestação e indicar a dieta mais adequada para cada mulher, levando e consideração seu estilo de vida e sua condição clínica.

19 de out. de 2012

Coma melhor antes de engravidar

Esqueça a velha história de que só a mulher deve se cuidar para engravidar. Existem dicas específicas para ambos os sexos que planejam ter filhos.


Uma simples mudança de hábito alimentar pode fazer toda a diferença para quem deseja ter filhos. Quem nunca ouviu falar que comer ovo de codorna e amendoim é um bom afrodisíaco? O uso de produtos estimulantes para melhorar o desempenho sexual do casal é muito conhecido popularmente, mas poucas pessoas sabem que estudos já comprovaram que certos alimentos têm também a capacidade de colaborar com a fertilidade.

"Muitos casais conseguem conceber com sucesso depois de receber certas orientações médicas a respeito da alimentação", diz Arnaldo Schizzi Cambiaghi, diretor do Centro de Reprodução Humana do Instituto Paulista de Ginecologia, Obstetrícia e Medicina da Reprodução (IPGO), em São Paulo. "Pode parecer difícil no início, mas eles, simplesmente, eliminam alguns produtos e substituem por outros melhores."

Esqueça a velha história de que só a mulher deve se cuidar para engravidar. O papel do homem também é fundamental na geração de um bebê saudável. Ambos devem diversificar o cardápio incluindo cereais, produtos integrais, oleaginosas, frutas, legumes, verduras, laticínios e carnes magras nas quantidades recomendadas.

Nada de jejum prolongado
De maneira geral, quem pretende engravidar precisa de uma alimentação equilibrada, com maior quantidade de frutas e vegetais, pelo menos, cinco a seis porções por dia são consideradas desejáveis além da ingestão de fibras, incluindo grãos e cereais integrais. Também é importante não saltar nenhuma das refeições do dia: café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar. Entre elas, o ideal é fazer lanches leves e saudáveis.

Cuidado com os exageros e as guloseimas — pequenas quantidades de uma fruta ou um copo de leite são suficientes. É aconselhável ainda consumir um alimento de cada grupo nutricional por refeição. Durante esse processo, o ideal é que o casal evite ingerir produtos industrializados e refinados e inicie uma dieta também rica em alimentos crus, com sucos de frutas e vegetais. O ideal é prestar atenção às vitaminas e minerais.

18 de out. de 2012

Protetor solar na gravidez é fundamental.



Se você sempre cuidou da pele, agora – grávida e com a chegada dos dias quentes –, atenção: a preocupação deve ser redobrada. Isso porque muitas gestantes ganham alguma mancha de pele (os temidos melasmas) porque não se protegem corretamente. Não adianta passar qualquer tipo de protetor meia hora antes de sair de casa. Você precisa checar, no rótulo, se o filtro é químico ou físico. A segunda opção é a melhor porque não há reação química com a pele, ele simplesmente barra os raios solares (mas a gente precisa contar: o filtro físico é mais difícil de espalhar). Veja, ainda, se ele protege contra os raios UVA e UVB, e o fator de proteção tem que ser igual ou superior a 30. 

Não economize na hora de aplicar. Para a área do rosto, pescoço e colo, a quantidade ideal é uma colher de chá cheia. Ainda que você evite o sol mais forte, das 11 às 16 horas, a dica é: quanto menos tempo exposta, melhor. Isso porque, no restante do dia, sua pele recebe o raio UVA, que estimula a pigmentação e... o aparecimento das manchas. Use óculos, chapéu, maiô e outras peças feitas com tecidos que protegem a pele do sol. E, se uma mancha aparecer, não entre em pânico. Seu dermatologista pode recomendar o uso de cremes vegetais clareadores ainda na gravidez, ou, então, tratamentos como peeling depois que o bebê nascer – e nenhum deles oferece riscos para a amamentação.
Fontes: Denise Steiner, da Academia Americana de Dermatologia, e Gabriela Casabona, dermatologista (SP)

17 de out. de 2012

Amamentação pode ser difícil, mas é ótimo.


As vantagens do aleitamento materno são amplamente conhecidas. Porém, para as mães, pode não ser confortável. Mas é sempre bom lembrar que os benefícios compensam o esforço.

Alimentar seu bebê com o próprio leite é um dos grandes prazeres de ser mãe. No entanto, a amamentação nem sempre é instintiva no ser humano, e às vezes precisa ser aprendida e estimulada. O conhecimento, a
vontade e o desejo dos pais são fundamentais para o bom desempenho do aleitamento materno. O sucesso nessa empreitada começa ainda na gestação, preparando as mamas para a amamentação.
Depois do parto, quanto mais precoce for a primeira mamada do bebê, melhor para ele e para a criação do vínculo com a mãe. “Embora, nos primeiros dias, a produção seja de colostro, não de leite propriamente dito, a amamentação é totalmente indicada nesse período”, a firma Luelene Ribeiro, pediatra. O colostro é tão importante na amamentação quanto o leite materno. Além disso, o ato de sugar estimula a produção de leite.
A “descida” do leite costuma acontecer dois ou três dias após o parto normal (no caso das cesáreas, isso pode demorar de 3 a 5 dias), o que normalmente coincide com a alta hospitalar. Nesse momento, muitas mães ficam aflitas com o aumento excessivo do volume das mamas, o que pode até dificultar para o bebê continuar mamando. “Nesses casos, o indicado é massagear as mamas e retirar um pouco do leite, facilitando a pega para o bebê”, acrescenta Luelene.
ANSIEDADE X ALEGRIA
Um mito difundido é de que o bebê não engorda porque o leite da mãe é fraco. Entretanto, não existe leite materno fraco, já que cada mãe produz o leite de que seu bebê precisa, e na quantidade certa.
Embora a amamentação traga tantos benefícios, muitas mulheres sentem certa insegurança no começo dessa aventura. Dificuldades com a posição, dúvidas quanto à quantidade que o bebê está mamando, ansiedade e inexperiência podem atrapalhar esse momento de alegria. Tire dúvidas com seu médico, troque experiências com outras mulheres que estão amamentando ou que amamentaram há pouco tempo. Isso certamente vai fazê-la se sentir mais segura para aproveitar melhor esse período.

16 de out. de 2012

Testes de gravidez de farmácia são confiáveis, independentemente do preço.

Os médicos recomendam que a mulher faça o teste de farmácia após o 10º dia de atraso da menstruação

Pela facilidade e comodidade, o teste de farmácia acaba sendo a primeira alternativa para muitas mulheres que suspeitam estar grávidas. O melhor é que, com alguns dos produtos à venda no mercado, é possível descobrir se um bebê está a caminho antes mesmo do atraso da menstruação, mas o ideal é esperar.

"Para a mulher de ciclo menstrual normal, com duração de 28 dias, é possível detectar uma gravidez quatro dias antes do atraso da menstruação", diz Alexandre Pupo Nogueira, ginecologista e obstetra do Hospital Sírio Libanês, de São Paulo.


Os mesmos quatro dias valem para as de menstruação irregular, mas com uma ressalva importante: a base para a contagem deve ser feita pelo ciclo maior que a mulher teve nos últimos seis meses. Se esse foi de 30 dias, por exemplo, ela tem de considerar quando menstruaria, segundo esse ciclo, e contar quatro dias para trás para ter a melhor data para a realização do exame.

A precisão dos resultados de testes de farmácia varia de 95% a 99%, dependendo do produto e do fabricante. Com o resultado positivo em mãos, a primeira recomendação dos especialistas é marcar logo uma consulta com seu ginecologista para iniciar o pré-natal.

Atenção na hora de comprar

Todos os testes de farmácia têm o mesmo princípio: detectar a presença do hormônio gonadotrofina coriônica humana (HCG) na urina. "É a placenta do embrião que libera o HCG. A substância tem a função de estimular o ovário a manter a produção de outro hormônio, a progesterona, necessário para a continuidade da gravidez. Somente quando o embrião gruda na parede do útero é que o HCG é liberado. Quando isso acontece, a mulher está grávida", afirma Nogueira.
Ao contrário do que se possa imaginar, o produto que custa mais não é necessariamente mais eficiente. Os mais baratos custam, em média, R$ 5; os mais caros cerca de R$ 50. A apresentação do resultado –há teste que apita em caso de positivo ou mostra uma cara triste, se negativo– pode fazer com que um seja mais caro ou barato do que outro, mas, para sua segurança, é importante prestar atenção a três fatores na hora da compra:

O primeiro é se o teste tem o selo da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), com o número de registro no Ministério da Saúde. O segundo é se o produto está bem armazenado e lacrado. O contato com a umidade e o calor pode alterar suas características e comprometer o resultado. O terceiro é se ele está dentro da data de validade.
Os kits têm, basicamente, duas apresentações. A primeira vem com um recipiente pequeno para se colocar a urina. Colhido o líquido nele, é só mergulhar a tira branca do teste no copo e aguardar o tempo recomendado pelo fabricante. Se aparecer apenas uma linha colorida na tira, o resultado é negativo. Duas linhas significam positivo. Caso não apareça nenhuma, o teste falhou e o procedimento deve ser repetido.

A outra apresentação, um pouco mais prática e mais cara, elimina a necessidade de recipiente. Basta colocar a ponta de uma caneta-bastão diretamente sobre o jato de urina e esperar o tempo indicado para aparecer o resultado. Seja qual for o tipo e a marca, o importante é ler com atenção a bula e seguir as instruções à risca. Em geral, elas são bem explicativas e trazem ilustrações mostrando o passo a passo do procedimento.

Algumas marcas pedem que o teste seja feito com a primeira urina do dia, outras não. A ginecologista e obstetra Karina Zulli, do Hospital e Maternidade São Luiz, também na capital paulista, afirma que não existe hora certa. "O importante é ficar duas horas sem urinar antes de fazer o exame, tempo necessário para a concentração de hormônio ser detectada."

Controle a ansiedade

Apesar de ser possível fazer o teste antes mesmo de ser constatada a ausência de menstruação, a recomendação médica é que ele seja feito apenas após o atraso. "O ideal é esperar, pelo menos, dez dias de atraso, quando uma boa parte de abortos espontâneos precoces ocorre (nesse período, é comum acontecer de o óvulo fecundado não se fixar adequadamente na parede do útero). No entanto, se a mulher quer muito saber se está grávida ou não, recomenda-se, de forma geral, fazer o teste após o primeiro dia de atraso”, afirma o obstetra Eduardo Cordioli, coordenador médico da obstetrícia do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
Outro motivo para não se apressar é evitar o chamado resultado falso-negativo. Ele acontece quando o teste indicou negativo, mas, na verdade, a mulher está grávida. O problema ocorre quando o procedimento é feito precocemente, sem que haja níveis suficientes do hormônio HCG no organismo.

Portanto, se o resultado for negativo e a menstruação não aparecer, espere alguns dias e tente de novo, já que os níveis do hormônio dobram a cada dois ou três dias. Além das apressadinhas, o falso-negativo acomete muito as mulheres de ciclo irregular, já que não há como precisar a data da menstruação.
“De forma geral, os testes são eficazes, porém se o resultado der negativo e a mulher continuar com sintomas clínicos de gravidez (menstruação atrasada, mamas inchadas, náuseas), é melhor procurar um médico imediatamente", fala o obstetra Eduardo Cordioli.

Assim como há o falso-negativo, há o falso-positivo, mas esse é muito difícil de ocorrer, de acordo com os especialistas. As circunstâncias que favorecem esse erro são se o kit estiver com algum problema ou foi mal acondicionado; quando a mulher tem uma doença rara, como um tumor de placenta que produz o HCG; e quando a pessoa passou por tratamento de fertilidade, já que alguns medicamentos contêm o hormônio.

O EXAME DE SANGUE É MAIS COMPLETO

Após o teste na farmácia, a mulher deve procurar um médico para fazer um exame de sangue, que é mais completo.

Há dois tipos: o qualitativo e o quantitativo. O primeiro indica apenas se você está ou não grávida, igual ao teste de farmácia, mas, como a concentração do hormônio no sangue é maior do que na urina, ele é mais eficaz.

Já o segundo é capaz de medir a quantidade de HCG no sangue, o que dá algumas informações valiosas ao médico, como o tempo de gestação.

Muitos laboratórios fazem o exame sem prescrição médica e, muito provavelmente, irão aplicar apenas o qualitativo. Já o médico, dependendo dos sintomas da paciente, irá pedir o quantitativo.

Caso você tenha plano de saúde, é necessário um pedido médico, o que também vale para a rede pública.

O exame não requer jejum nem horário específico. Assim como o teste de farmácia, o de sangue é capaz de detectar a presença do HCG oito ou nove dias após a fecundação ou mesmo antes do atraso menstrual.