30 de nov. de 2012

Você sabe o que acontece nas consultas pré-natais?


Tudo que você precisa saber sobre as consultas de pré-natal, os exames que sempre são pedidos (e outros que deveriam ser) e os cuidados especiais que algumas situações de risco exigem.




Durante os nove meses de gestação, o pré-natal é um compromisso inadiável. A mulher grávida precisa se preparar para ver inúmeras vezes o seu obstetra, ter seu histórico de saúde esquadrinhado por ele e realizar muitos exames. Tanto cuidado às vezes cansa a futura mãe e parece exagerado. Mas não é.

Esse acompanhamento minucioso é necessário para que se descubra cedo se algo na gestação ou no desenvolvimento da criança está saindo do roteiro. Se vale a pena investir? Claro. Afinal, hoje, mesmo problemas graves, como pré-eclâmpsia e anemias fetais por incompatibilidade sanguínea, podem ser controlados (e até revertidos) por meio de um pré-natal benfeito. Confira o passo a passo do pré-natal:

Até a 7ª semana 
Nas consultas: o médico vai levantar seu histórico de saúde, data da última menstruação, hábitos nutricionais e a presença de doenças crônicas, genéticas e hereditárias na família. Talvez receite suplemento de ácido fólico, que evita anemia na grávida e previne malformações fetais, como defeitos na coluna e lábio leporino.

Os exames: ultrassom transvaginal para verificar idade gestacional, número de embriões e eliminar a hipótese de gravidez ectópica (fora do útero); exames de sangue, como hemograma (diagnostica anemia e infecções); glicemia (averigua diabetes); T3, T4 livre e TSH (avalia tireoide); tipagem sanguínea (se a mãe tiver Rh negativo, será preciso verificar se há anticorpos que prejudiquem o bebê); sorologias para HIV 1 e 2, toxoplasmose, rubéola, hepatites B e C, doença de Chagas e citomegaluvírus (causadores de malformações ou transmissíveis ao bebê); urina 1, para rastrear infecções.

Entre a 11ª e a 14ª semana
 Nas consultas: as visitas iniciais acontecem a cada mês. Nelas, o obstetra mede a pressão arterial, para descartar qualquer risco de hipertensão ou pré-eclâmpsia, acompanha seu peso, escuta os batimentos cardíacos do bebê, e certifica-se de que a altura uterina está compatível com o estágio da gestação. É hora de tomar a primeira de três doses mensais da vacina antitetânica.

Os exames: ultrassom morfológico com transluscência nucal, para rastrear doenças genéticas, como síndrome de Down, e malformações, inclusive cardíacas.

Na 16ª semana
 Nas consultas: o médico segue a rotina das consultas anteriores, dedicando uma vigilância maior ao ritmo em que você está ganhando peso. Ele também irá explicar que, dentro de um mês, no máximo, você começará a sentir os movimentos fetais. Entra em cena o suplemento de ferro, que será tomado até o final da gravidez para prevenir anemia na gestante e consequências como parto prematuro e baixo peso do bebê.

Os exames: ultrassom morfológico para verificar se a placenta está no lugar certo e saber o sexo da criança. Pode-se pedir a repetição dos exames de sorologia.

Entre a 20ª e a 24ª semana
 Nas consultas: a novidade em relação às anteriores é que o obstetra estará particularmente atento à presença de edemas na face, nas mãos e nos pés. Embora um certo inchaço seja normal, especialmente no final do dia, o excesso pode ser indício de pré-eclâmpsia.

Os exames: ultrassom morfológico para acompanhar o crescimento do bebê e verificar se os órgãos do pequeno estão bem formados; urina 1, porque as infecções urinárias são comuns e tornam-se causas frequentes de parto prematuro; teste de tolerância à glicose (TTGO), que diagnostica se há sinais de diabetes gestacional.

Entre a 28ª e a 32ª semana
 Nas consultas: é um período tranquilo e as consultas mensais seguem a rotina, sem apresentar novidades. 

Os exames: ultrassom com doppler, para avaliar o fluxo sanguíneo nas veias uterinas, no cordão umbilical e na artéria cerebral do bebê. Mostra também a curva de crescimento do feto, que começa a acelerar agora.

Na 33ª e na 35ª semana
Nas consultas: o intervalo entre as consultas diminui para 15 dias, mas a rotina clínica continua igual.

Os exames: exame de secreção do colo do útero, para investigar clamídia, micoplasma e estreptococo. Essas bactérias podem romper a bolsa e infectar o bebê.

A partir da 36ª semana 
Nas consultas: enquanto aguarda a hora do parto, prepare-se para visitar o obstetra toda semana - ou até com mais frequência. A partir desse período o obstetra acrescenta às investigações habituais o exame de toque vaginal para verificar o nível de dilatação.

Os exames: nenhum.

Fontes: Conteúdo do site CLAUDIA .Marcondes, ginecologista e obstetra, de Santos (SP); Julio Elito Jr., obstetra, de São Paulo; Mário Burlacchini, especialista em medicina fetal, de São Paulo.Foto: Dreamstime

29 de nov. de 2012

Os benefícios da vitamina D para a fertilidade feminina

Saiba quais são as fontes da substância e as vantagens que ela traz para o organismo.


Todos sabem que a vitamina D é uma substância fundamental para o bom funcionamento do organismo. Outra informação que costumamos ouvir é que uma das maneiras de estimular a produção do nutriente no organismo é tomando sol. No entanto, novos estudos revelaram muitos outros benefícios do consumo regular da vitamina D e fontes alternativas onde a substância pode ser encontrada.
Em uma pesquisa realizada na Áustria, a releitura de estudos anteriores permitiu concluir que a substância tem uma relação direta com a fertilidade feminina. Os pesquisadores responsáveis pelo trabalho concluíram que a ingestão da substância – que está presente nos órgãos reprodutivos masculinos e femininos – aumenta as chances de fecundação e o sucesso da gravidez. Os resultados se mostraram ainda mais efetivos em gestações alcançadas a partir de fertilização in vitro e com mulheres que passaram por tratamentos de ovário policístico.
Ainda, durante os nove meses de gestação, a vitamina D tem o poder de melhorar as defesas do corpo, fortalecer o endométrio e, assim, diminuir consideravelmente o risco de aborto. E a boa notícia não é apenas para as mulheres: os pesquisadores também descobriram que a ingestão regular de vitamina D é responsável pelo aumento dos níveis de testosterona e ainda melhora a qualidade do sêmen no organismo masculino.
Mas antes de passar horas estendida no sol, saiba que a suplementação de vitamina D pode ser feita através de fórmulas ou comprimidos. Mas vale lembrar que é fundamental contar com o acompanhamento de um médico antes de iniciar esse tipo de tratamento. Para além do consultório, o Huffington Post fez uma lista com sete alimentos que são ricos na substância e podem ser incorporados na dieta para que você possa começar a aproveitar os benefícios, confira:

  • Atum enlatado
  • Bife de fígado
  • Cogumelos
  • Gema de ovo
  • Queijos
  • Salmão
  • Sardinha




28 de nov. de 2012

De volta à forma após a gravidez


Faça o excesso de peso e a flacidez, causados pela gestação, sumirem.


Depois da alegria de ver o filho nos braços, vêm as preocupações e um grande desafio: perder peso e voltar ao corpo de antes. Difícil? Calma! Definitivamente, essa não é uma batalha perdida. Afinal de contas, com paciência e dedicação, é possível voltar à boa forma e, quem sabe, até melhorá-la.
E para ajudar, saiba o que as famosas fizeram para cuidar do corpo durante e após a gravidez. Inspirador, né?
Primeiros passos 
A perda de peso é rápida nos primeiros dias após dar à luz. “No parto, perde-se em média 5 kg e, após uma semana, mais 2 kg. O resto deve ser eliminado com exercícios físicos e boa alimentação. Fique longe de dietas radicais, que podem comprometer a produção de leite materno”, alerta o nutricionista Carlos Frederico. A flacidez é outro problema solucionável. A pele tem boa capacidade para suportar distensões, mas quando a gestante engorda muito, fica difícil recuperar o tônus muscular. Por isso, deve-se controlar o peso e hidratar bem o corpo. Se a flacidez persistir, ataque com atividades físicas que trabalhem a resistência muscular.
Dieta da mamãe 
Frutas, verduras, legumes, carnes magras, peixes, grelhados e gorduras saudáveis (azeite e castanha) não podem faltar. Consuma ainda bastante cálcio (encontrado em leite e derivados) e água, mas passe longe de pães, massas, doces e refrigerantes. Desse modo, dá para perder peso sem prejudicar a amamentação.
Suando a camisa 
Na primeira semana após o parto, a recomendação é de repouso, principalmente para quem fez cesariana. Segundo a fisioterapeuta Dayse Chagas, “atividades físicas normais somente são liberadas depois de 30 dias para o parto normal ou 40 para a cesariana. Os exercícios devem ser realizados com muita cautela para não diminuir a produção de leite”, complementa. Um exercício recomendado é o pilates, praticado durante 30 minutos, 3 vezes por semana. A vantagem é poder exercitar-se no seu ritmo, já que ele é feito individualmente. “É necessário retomar as atividades moderadamente, pois o corpo ainda está sob o efeito de hormônios que provocam frouxidão nos ligamentos e perda de força muscular”, adverte Dayse. O Fit Ball é outra opção. O treinamento com bolas trabalha força, resistência e combate a flacidez. Ao iniciar a prática de exercícios, a mamãe deve esperar uma hora após a atividade para amamentar, para que o sabor e a acidez do leite não se alterem. Já aquelas que desejam começar um tratamento estético precisam esperar o término do período de amamentação.
Antes do parto 
Gravidez não é sinônimo de sedentarismo. Para recuperar a forma após o parto, a futura mamãe pode aliar uma dieta balanceada a um programa de exercícios ou tratamento estético durante a gestação. “A drenagem linfática diminui os inchaços da gravidez”, explica a fisioterapeuta Cláudia Micelli, da clínica Pazos. O pilates também é ideal, por ser um programa de exercícios de baixa intensidade.
O que elas fizeram?

“Na segunda gravidez engordei 30 kg, na quarentena perdi 20 e continuei com 10. Meses depois, fui chamada para fazer a novela Três Irmãs. Resultado, tive que desmamar o meu filho e emagrecer, porque a personagem era surfista e vivia na praia. Além de diminuir as calorias ingeridas, minha fisioterapeuta me indicou exercícios com bola, que é uma coisa que curto muito. Ela também sempre me diz que a genética ajuda”, conta a atriz.



A atriz segue algumas regrinhas quando o assunto é alimentação. “Não como carboidratos à noite, bebo muita água e sempre tenho maçã e frutas secas”, afirma. De vez em quando, a atriz abre uma exceção e se delicia com um doce de abóbora ou um chocolate. Todo esse esforço foi recompensado: na gravidez das gêmeas Beatriz e Sofia ganhou apenas 14 kg e 6 meses depois do parto, já tinha voltado ao peso. O que também ajudou foi o spinning e a musculação, além da drenagem.




Na primeira gestação, atriz engordou só 11 quilos. Para não passardos limites, se agarrou à teoria das calorias úteis. “Comia o que era realmente importante para mim e para o bebê.” Com a ajuda de uma nutricionista, aprendeu o que deveria entrar no cardápio, caso do inhame, e o que deveria sair — guloseimas em excesso. Cuidadosa, preferiu caminhar e fazer ioga. “tive uma gravidez muito feliz e saudável.” o resultado disso se refletiu na recuperação. Um mês depois do nascimento da filha, ela voltou a correr e, 4 meses depois, já tinha voltado à antiga forma.




 Revista Shape

Consultoria: Cláudia Micelli, fisioterapeuta da clínica Pazos (RJ), Dayse Chagas, fisioterapeuta do Studios D&D Pilates (RJ), Débora Pinto, fisioterapeuta, e Carlos Frederico, nutricionista do Espaço Débora Pinto (RJ)

27 de nov. de 2012

Cesárea: algumas informações importantes!



"13 coisas sobre cesárea que ninguém contou para você
Apesar de o parto normal ser a melhor opção para o bebê nascer, há mulheres que, pelo bem da sua saúde e a do filho, têm de fazer uma cesárea. Por ser uma cirurgia, esse tipo de parto tem algumas particularidades. Saiba quais são elas para não se assustar na hora – e nem depois. 

1. De olhos bem abertos 
Se você acha que vai dormir por causa da anestesia, está enganada! Não são usados sedativos durante o parto cesárea, porque, se a mãe é sedada, o bebê também é. Você estará consciente o tempo todo (até para ver o rostinho do seu filho pela primeira vez), mas não vai sentir dor. 

2. Vão colocar uma sonda em você... 
...mas não se preocupe! É logo depois da anestesia, então não vai sentir nada. Ela é necessária para esvaziar a bexiga, já que você vai passar algum tempo deitada durante e após a cirurgia. 

3. Puxa-empurra durante o parto 
A anestesia vai fazer com que você não sinta dor, mas, como ela não é geral e não tem sedativos, você pode ter algumas sensações. Na hora em que o bebê vai nascer, o médico faz força para posicioná-lo e ajudá-lo a sair e você pode sentir umas mexidas. Mas nada de dor! 

4. Você pode ficar enjoada 
Como você vai ficar deitada, a barriga pode comprimir a veia cava e causar náuseas e queda de pressão. Os analgésicos também podem ter esses efeitos. Sentiu-se mal? Avise o anestesista. Ele vai pegar uma veia sua antes da cirurgia e é por ali que vão entrar os medicamentos necessários para corrigir qualquer alteração no seu metabolismo. O mal-estar pode surgir também depois do parto. 

5. Tem algo queimando aqui? 
Se você sentir um cheiro de queimado, não se assuste: é o bisturi elétrico. Ele é usado em quase todas as cirurgias e o odor é por conta da cauterização dos tecidos. 

6. Será que fiquei com as pernas abertas? 
Antes da anestesia, você fica com as pernas abertas para que logo depois seja colocada a sonda. Como o cérebro decora a última sensação antes da anestesia, pode parecer que as suas pernas continuam abertas durante a cirurgia. Mas é só uma impressão, porque assim que a sonda está no lugar certo, os auxiliares fecham as pernas da paciente. 

7. Leve tremedeira 
Pode ser nervoso, frio ou até efeito da anestesia (que causa perda de calor), mas o fato é que você pode tremer quando sair da sala de cirurgia. Os médicos sabem disso e, por isso, sempre colocam uma coberta antes da paciente ir para sala de recuperação. Fique tranquila, porque passa rápido! 

9. Coceira no nariz A morfina usada na anestesia pode provocar uma coceira no corpo e no rosto, mas isso é normal e passa em 24h. Se for muito intensa, o seu médico pode receitar medicações adequadas para cessar o desconforto. 

10. Inchaço nos pés e nas mãos 
Com o acúmulo de líquidos que acontece no seu organismo durante a gestação, é normal que você fique inchada nos primeiros dias depois do parto, principalmente nos pés e nas mãos. Apesar de ocorrer também em quem teve parto normal, é mais frequente nas mulheres que tiveram parto cesárea, porque a grávida fica mais imobilizada depois da cirurgia. Depois de uma semana, você começa a desinchar, mas repouso e drenagem linfática podem ajudar. 

11. Sua pressão pode cair ao se levantar 
O jejum, as horas deitadas e os efeitos dos medicamentos podem fazer você ficar tonta na primeira vez que se levantar depois do parto. O ideal é ficar sentada na cama de 10 a 15 minutos antes e ter a ajuda de uma enfermeira nesse momento. 

12. Mais remédios 
Para controlar a dor e melhorar a sua recuperação, você vai continuar tomando alguns medicamentos em casa, como analgésicos e antiinflamatórios, por até sete dias. Mesmo assim, durante um mês, é normal sentir fisgadas ou dores no local da cirurgia de vez em quando. 

13. Um passo de cada vez Lembre-se de que você acabou de passar por uma cirurgia, então é preciso tomar cuidado com movimentos bruscos. Não há problema em fazer caminhadas e atividades normais da casa, mas nem pense em abaixar e pegar peso. E dirigir... somente após 20 dias do parto. Se você pratica exercícios mais localizados, volte aos poucos e só depois de dois meses.

"12 coisas que você precisa saber sobre a cicatrização da Cesárea
Quanto tempo leva para a barriga cicatrizar após uma cesárea? O que fazer se a região inflamar? Quais devem ser os cuidados necessários no pós-operatório? Posso tomar sol? O atrito da roupa pode prejudicar durante o período de cicatrização? Quem responde estas e outras dúvidas tão comuns entre as gestantes é o doutor Bernardo Hochman, Cirurgião plástico especialista em tratamento de cicatrizes e quelóides, chefe do setor de Orientação em Cicatrização da Disciplina de Cirurgia Plástica da UNIFESP e Professor Orientador do Programa de Orientação de Pós-Graduação em Cirurgia Plástica da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

1 - Quais as principais complicações estéticas que uma cicatriz de cesárea pode apresentar? Em quanto tempo ocorre a cicatrização de uma cesárea?
“A cicatrização da pele de uma cesárea ocorre entre 10 a 14 dias; entretanto, o processo de amadurecimento da cicatriz, ou seja, de atingir seu aspecto final e sua resistência a trações se prolonga por um período de 12 a 18 meses. As complicações de uma cesárea podem surgir por esforços físicos precoces das mamães, levando a aberturas parciais (ou até total) da cicatriz (chamada de deiscência dos pontos).
Essas aberturas, se não corrigidas, geralmente resultam em defeitos estéticos como retrações cicatriciais (afundamentos localizados), que podem até causar dor em certos movimentos pela aderência (fibrose) da cicatriz cutânea nos músculos, e também podem deixar as cicatrizes mais alargadas. Essas aberturas ou esforços musculares precoces e excessivos também podem facilitar que a cicatriz da cesárea torne-se do tipo hipertrófica ou até com quelóide (que serão explicadas mais adiante)”.

2 - A cicatriz pode inflamar? O que ocasiona essa inflamação?
“Qualquer cicatriz pode inflamar, inclusive de cesárea. Os fatores que podem levar a uma inflamação na cicatriz são “encravamento” de pêlos na cicatriz em formação (principalmente os pubianos no caso de cesáreas), reação inflamatória ao fio de sutura e esforços físicos precoces”.  

3 – O que é cicatriz hipertrófica?
“É uma cicatriz elevada decorrente de uma resposta cicatricial exagerada da pele a uma intervenção cirúrgica ou ferimento. Essa cicatriz não ultrapassa o trajeto ou a extensão da incisão ou ferimento inicial. Apresenta tendência à regressão. A cicatriz hipertrófica é sobrelevada em relação à pele, avermelhada e usualmente com coceira espontânea.
A freqüência de cicatriz hipertrófica é, provavelmente, maior que do quelóide. A cicatriz hipertrófica pode ocorrer em qualquer idade, mas tende a se desenvolver mais freqüentemente na puberdade e adultos jovens, sendo mais rara em pessoas acima dos 60 anos de idade”.

4 - O que é o quelóide e quando acontece?
“O quelóide é uma cicatriz espessa, elevada e de superfície lisa que ocorre somente na pele (e apenas em humanos). Se estende para os lados em relação à incisão cirúrgica ou ferimento inicial, formando verdadeiras nodulações na cicatriz.  O quelóide ocorre em ambos os gêneros, embora com discreta predominância em mulheres.
É mais comum em pessoas afro-descendentes (incluindo pardos ou mulatos) e em pessoas de origem oriental, embora também ocorra em pessoas brancas. Não existe quelóide espontâneo, e as lesões sem causa aparente são provocadas por ferimentos minúsculos não percebidos pelo paciente como pequenas espinhas; cicatrizes de catapora, furúnculos, feridas aberta que cicatrizaram sem que houvesse sutura, ou com infecção, também são causas comuns de quelóide”.

5 - O atrito promovido pela roupa pode prejudicar a cicatriz?
“Sim, o atrito pode prejudicar uma cicatriz pela inflamação crônica que causa, e conforme a sensibilidade pessoal da pele. Esse fator inflamatório é agravado por roupas de tecido sintético como a base de poliéster ou microfibra, mas pode facilmente ser prevenido utilizando vestimentas de algodão ou linho. Em cicatrizes mais recentes de cesárea o uso de calcinhas de algodão torna-se obrigatório em todas as mulheres”.

6 - Caso a cicatriz apresente problemas o que a paciente deve fazer?
“Na presença ou mesmo suspeita de que há algo errado na cicatriz você deve imediatamente procurar seu cirurgião, pois é o profissional mais apto a lhe ajudar e porque mais conhece você. No período pós-operatório mais recente (cerca de 15 dias), os sinais mais freqüentes que podem levantar suspeita são vermelhidão súbita na cicatriz ou na pele ao redor, com ou sem aumento da temperatura local, presença de gotas de qualquer tipo de líquido ou secreção saindo pela cicatriz, abertura de ponto(s) de sutura(s) ou parada de saída de liquido através de drenos quando houver.
Os sintomas mais freqüentes são dor e/ou coceira excessiva. Mais tardiamente, a partir de 1 mês, você deve-se ficar mais atento a uma vermelhidão persistente da cicatriz, aumento do relevo da mesma, endurecimento do tecido embaixo da cicatriz (fibrose subcutânea), além de coceira persistente. As ocorrências desses fatores podem predizer a evolução para uma cicatriz hipertrófica ou eventualmente até quelóide. Fique atenta”.

7- Quais os tratamentos disponíveis para tratar cicatrizes?
“Como o mecanismo biológico que causa a formação de cicatrizes hipertróficas e quelóide ainda não está completamente esclarecido, os tratamentos ainda não são totalmente específicos. Ao contrário do quelóide onde o tratamento cirúrgico, sempre que possível, é a opção mais indicada, nas cicatrizes hipertróficas a retirada cirúrgica não é a primeira opção.
E, para isso, dispõe-se de recursos, além dos tradicionais métodos de compressão elástica contínua por um período de 10 a 16 horas por dia por determinado tempo. O quelóide que está em fase de atividade clínica, ou seja, quando se apresenta avermelhado, com coceira e/ou dor, e/ou crescimento não deve ser operado. Nessa situação, a probabilidade da formação de um novo quelóide é muito alta, mesmo quando realizados outros tratamentos complementares à operação.
Por isso, é mais conveniente aguardar uma fase de menor atividade ou de inatividade clínica para retirá-lo, ou seja, quando a lesão parar de crescer e não apresentar coceira ou dor. Para isso, orientamos o paciente a utilizar medidas para amenizar o desconforto, como aplicação de corticóide ou compressão elástica. Contudo, atualmente dispomos de outros recursos tecnológicos para encurtar a fase de atividade clínica, como laser de baixa potência ou eletroterapia, dentre outros, para o tratamento cirúrgico ter mais chance de ser bem sucedido”.

8 - As pomadas com corticóide são usadas com muita frequência.  Existem contra-indicações?
“As pomadas com corticóide (antinflamatório esteróide) já foram muito utilizadas. Porém, esse tipo de pomada pode não diminuir a espessura da cicatriz e causar um afinamento da superfície (epiderme) da cicatriz hipertrófica e do quelóide; com isso, após um período de uso superior a 1 mês, as cicatrizes costumam ficar muito avermelhadas e com a presença de pequenas e inestéticas veias (“vasinhos”).
Atualmente, como fruto das intensas pesquisas científicas e com o advento de novos recursos, deixou-se a pomada com corticóide como uma 2ª opção, apenas para os casos com intensa coceira, ou quando não for possível utilizar outro tipo de tratamento”.

9 - Muitos médicos recomendam o uso de uma fita de silicone para evitar problemas com a cicatriz. Como esse tipo de material pode colaborar no tratamento?
“Independente de todos os tipos de tratamento para cicatrizes hipertróficas e quelóide, a fita de silicone deve ser aplicada, via de regra, nessas cicatrizes, e por isso é tão recomendada por muitos médicos. A oleosidade natural da pele, fabricada por glândulas sebáceas, é responsável, dentre outras funções, pela manutenção da hidratação da pele (chamada barreira cutânea ou epidérmica).
As cicatrizes não possuem glândulas sebáceas, ou seja, são secas na sua superfície, independente do grau de oleosidade da pele ao redor. E, assim sendo, a água evapora continuamente através da cicatriz desidratando ainda mais o seu interior. Para que exista maior aporte de água na cicatriz ocorre uma dilatação dos vasos sanguíneos locais; contudo, essa água também evapora pela ausência da camada oleosa, e a cicatriz permanece desidratada, avermelhada e, portanto, inflamada, além de inestética.
Por isso, é essencial a utilização de fitas ou lâminas de silicone sobre essas cicatrizes, mantendo um nível contínuo e mais adequado de hidratação das mesmas. Entretanto, a utilização de fitas de silicone não deveria ser restringida apenas ao tratamento de cicatrizes patológicas, mas também na prevenção de quelóide após remoção cirúrgica. A fita de silicone também deve ser aplicada em qualquer cicatriz, inclusive normal, oriunda de qualquer tipo de intervenção cirúrgica. Com esse recurso, mesmo cicatrizes normais teriam seu período de avermelhamento encurtado, e a qualidade final da cicatriz seria muito melhor”.

10 - Por quanto tempo a paciente deve utilizar essa fita?
“O tempo de uso até o resultado varia de acordo com o tipo e idade da cicatriz. No quelóide e em cicatrizes hipertróficas a fita de silicone deve ser utilizada por um período longo, de muitos meses ou anos, conforme indicação do médico.
Em cicatrizes normais as fitas deveriam ser utilizadas a partir do 1º ou 2º mês pós-operatório, ou a critério médico, e pelo menos até o amadurecimento final da cicatriz, que ocorre em média entre 12 a 18 meses após a operação, ou conforme indicação médica. Uma fita de silicone Medgel deve ser utilizada entre 10 a 16 horas/dia, ou conforme indicação médica. A fita não incomoda e pode ser reutilizada após lavagem, devendo serdiariamente higienizada conforme orientações do fabricante”.

11- Exposição ao sol pode piorar o aspecto da cicatriz?
“A irradiação ultravioleta do sol é um agente fortemente agressivo à pele e pode acarretar transtornos durante o processo de cicatrização. Por isso, não se deve submeter a pele ao sol antes de uma intervenção cirúrgica.  
Essa irradiação também agride uma cicatriz, podendo predispô-la mais comumente a uma pigmentação (cicatrizes escuras), ou a uma despigmentação (cicatriz mais clara que a pele, principalmente em afro-descendentes), podendo desencadear cicatrizes hipertróficas quando há excessiva exposição dos raios solares”.

12- A cicatriz não desaparece, mas existem pessoas que apresentam marcas menos aparentes. Por que isso acontece?
As cicatrizes são menos aparentes em regiões de pele mais fina (face e pálpebras), em regiões de pele submetidas à menor tração por contração muscular (face de dentro dos braços, nádegas), em pessoas com menor oleosidade na pele e em pessoas idosas (a pele é mais fina e ressecada).

25 de nov. de 2012

Tombos na gravidez: risco e prevenção.

Em geral, as quedas não apresentam problemas para o bebê, mas o melhor é evitá-las. Saiba como:


Cair durante a gravidez não acontece apenas com as mulheres mais distraídas, não. Os tombos durante os nove meses são mais comuns do que você imagina, por isso é preciso atenção para evitá-los. Segundo Alexandre Pupo Nogueira, ginecologista e obstetra do Hospital Sírio-Libanês (SP), a gestante tem mais chance de cair porque o centro de equilíbrio é deslocado para a frente por conta da barriga que cresce, principalmente depois do 7º mês. 
Um simples tropeção, que antes da gravidez não tirava o seu equilíbrio, agora pode ser motivo de queda. Mas não se assuste. Segundo Alexandre, perder o bebê por causa de um tombo é raro, a não ser que a gestante já tenha alguma complicação prévia. “O impacto de cair no chão pode deslocar a placenta, fazendo com que ela se solte do útero, o que gera sangramento e pode levar ao aborto, em especial nas mulheres que têm um problema com a placenta”, diz. 

Na maioria das vezes, o máximo que vai acontecer com o seu bebê na barriga, caso você caia, é ele sentir um chacoalhão, sem danos maiores, porque ele está protegido por uma bolha de água. Já a mãe pode sofrer um pouco mais, com uma entorse por exemplo. 

E o que fazer se levou um tombo? Em primeiro lugar, levante-se devagar, de preferência com auxílio de outra pessoa, para sua pressão não cair. Então ligue para o seu médico para que ele a oriente sobre o que fazer. Em alguns casos, ele pode pedir para que vá a um pronto-socorro, para que você e o bebê sejam avaliados. 


Como prevenir é sempre o melhor, confira dicas de como evitar cair durante os nove meses. 
- Não suba em bancos e escadas para pegar coisas do armário; 

- Use sapatos baixos, que facilitam o equilíbrio; 

- Controle o seu peso. Em excesso, diminui os reflexos; 

- Cozinha e banheiro são áreas de maior risco. Não ande no piso molhado, para evitar escorregões; 

- Nos esportes, prefira os aquáticos. Os feitos em solo devem ser de baixo impacto e realizados sentada, deitada ou ajoelhada.

24 de nov. de 2012

Mulher fica mais vulnerável a gripes e resfriados durante a gravidez



Para que o sonho da maternidade seja realizado com segurança, a saúde deve sempre ser a prioridade para as mamães e para os bebês. A ginecologista e obstetra Regina Paula Ares explica que a gravidez traz ao corpo da mulher uma série de transformações fisiológicas, muitas delas com a finalidade de modificar a eficácia do sistema imunológico, para evitar que o organismo materno rejeite o bebê. No entanto, essa queda relativa da imunidade acaba aumentando a predisposição para resfriados e gripes.

Os sintomas são comuns: nariz congestionado, tosse seca ou com catarro de cor clara, corrimento nasal e até rouquidão. Mas com uma alimentação adequada e os cuidados com as mudanças bruscas de temperatura é possível melhorar a imunidade, evitando gripes e resfriados durante a gravidez. “Os sintomas iniciais são os mesmos de uma gripe comum. Porém, a ocorrência de catarro esverdeado ou amarelado, febre, mal-estar e dores no corpo é um sinal de alerta para procurar um médico. Além disso, é importante não confundir gripes e resfriados com estados alérgicos, muito comuns durante a gestação”, esclarece a médica.

Também é importante prevenir os estados gripais para que não se faça uso de medicamentos indevidamente ou sem prescrição médica durante a gravidez, protegendo o bebê. “O uso de antibióticos pode ser necessário, mas nunca sem o aval de um médico, pois infecções de qualquer natureza podem desencadear abortamento ou parto prematuro”, alerta. Ela diz ainda que, para as gestantes, os medicamentos homeopáticos estão entre os mais seguros e são grandes aliados na prevenção e alívio dos sintomas, mas sempre com a orientação de um médico.

Após o nascimento do bebê, é preciso dar continuidade à prevenção, porque a gripe também pode passar de mãe para filho já nos primeiros dias de vida da criança. “Recém-nascidos que frequentam berçários ou lugares fechados estão propensos a contaminação do vírus da gripe. E os sintomas são mais intensos, pois o bebê não está preparado, não entende o processo de obstrução nasal e respirar pela boca é um transtorno. Pode haver um aumento da frequência respiratória e o risco do contágio de um vírus respiratório, que leva o nome de bronquiolite”, explica pediatra Marcelo Caminha Garibe. Além disso, o bebê só pode tomar vacina a partir dos seis meses de vida, por isso a importância de prevenir doenças na mãe.

Segundo o pediatra, a partir dos três meses de vida, o bebê já pode utilizar medicamentos homeopáticos, que auxiliam na prevenção e no tratamento tanto em doenças crônicas como em doenças agudas, além de não apresentarem efeitos colaterais adversos. Outra dica para as mamães é deixar o bebê mamar no seio até os seis meses de idade. “O leite materno dá mais resistência às infecções respiratórias”, finaliza.

23 de nov. de 2012

Da alegria à depressão em minutos.


Uma das caractéristicas da gravidez é a alteração de humor. Entenda por que isso acontece e como encarar a situação.



A gravidez provoca mudanças físicas e emocionais na mulher. Umas podem ficar radiantes com a gestação, numa felicidade sem igual. Outras podem se tornar mais sensíveis. Qualquer coisa é motivo de choro. E há aquelas que ficam muito impacientes, nervosas e se irritam facilmente com qualquer coisa.
O doutor Pedro Awada, ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade Brasil, conta que a gravidez é uma verdadeira explosão hormonal, especialmente do meio para o final da gestação. Para lidar com a situação, o médico aconselha o marido e a família a darem bastante carinho e apoio para as mamães.

Uma hora a gestante está super bem e no minuto seguinte fica de mau humor. depois, chora,muitas vez sem saber por quê. A que se devem tantas alterações de humor na gravidez?
Na gravidez ocorre uma explosão hormonal que afeta por todo a gestante. O  humor fica bem lábil,fazendo que ela vá da alegria para a tristeza num piscar de olhos.
 
Em que fase da gravidez isso prevalece mais?
Varia muito de paciente, mas é mais comum nos segundo e terceiro trimestres. Depende também se ela tinha no passado fatores psicológicos alterados, como depressão.
 
A mulher que sofre alterações de humor na gestação poderá ter depressão pós-parto?
Toda a gestante está predisposta a depressão pós-parto. Devemos nos preocupar mais com as gestantes que já tiveram depressão ou que tenham  seu humor muito alterado durante a gestação.

É possível administrar essa explosão de sentimentos?
O apoio da família é fundamental, assim como um ambiente de trabalho saudável… Medicamentos só em casos graves.
 
Como o marido e a família podem lidar com a gestante nesta fase para tentar ajudá-la?
A família deve poupar a gestante de aborrecimentos e compreender suas necessidades e dificuldades com as transformações corporais dando um suporte e evitando criticas.

22 de nov. de 2012

Medidas simples ajudam a aliviar dores comuns na gravidez e evitam o uso de remédios



Para gerar uma vida, o corpo feminino passa por uma grande transformação durante a gestação. As alterações dessa fase interferem em vários sistemas, principalmente nos osteo-músculo-articular, digestório, circulatório e respiratório. "Todas essas modificações têm como objetivo adaptar o organismo para carregar e nutrir o feto", afirma o ginecologista e obstetra Alberto Jorge Guimarães, mestre pela Escola Paulista de Medicina da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
Guimarães afirma que essas mudanças no corpo da mulher fazem parte de toda gestação normal e, apesar do desconforto e das muitas dores que elas podem causar, o uso de qualquer remédio sem prescrição médica é perigoso.
"Os medicamentos devem ser usados apenas com indicação médica e nos casos de dor extrema, nos quais já foram tentadas todas as estratégias não medicamentosas e elas não funcionaram", declara o especialista.
Flávia Fairbanks, ginecologista do Hospital São Luiz, em São Paulo, mestre em ginecologia pela Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), afirma  que muitos remédios podem afetar os órgãos do bebê, que estão em formação. "Os anti-inflamatórios, por exemplo, podem comprometer algumas estruturas do coração da criança", diz a especialista.

Os incômodos mais frequentes

Primeiro trimestre
Logo no início da gravidez, é comum que a mulher apresente dor nos seios, que tende a regredir espontaneamente. "O uso de sutiãs adequados, com alças largas e apoio nas costas, minimiza o desconforto", diz a ginecologista e obstetra Bárbara Murayama.

Para a ginecologista e obstetra Denise Gomes, membro da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), alguns sintomas podem ser contornados com uma boa alimentação.

"A gestante tem de se alimentar bem, pensar no que vai ingerir e não comer muito. O ganho de peso deve ser, no máximo, entre dez e 12 quilos durante a gestação inteira", diz a médica. Denise afirma que alimentos ricos em sal podem piorar muito o inchaço, um dos incômodos do primeiro trimestre, e devem ser evitados. Frituras também precisam ser riscadas do cardápio da grávida.
Ingerir porções menores e não ficar mais do que três horas sem comer são outros cuidados que permitem que a mulher drible o enjoo, tão comum no início da gestação, sem ter de apelar para um remédio que iniba os vômitos.
"Em contrapartida, água e líquidos em geral, sem açúcar, devem ser ingeridos com abundância, pois ajudam no funcionamento do intestino, do sistema urinário e ainda auxiliam a reduzir o edema ou inchaço".
De acordo com o ginecologista e obstetra Alfonso Massaguer, especialista em reprodução humana pelo Instituto Universitário Dexeus, de Barcelona, as dores de cabeça também podem se intensificar ao longo da gravidez. "Os altos níveis hormonais podem piorar quadros de enxaqueca nas pacientes predispostas". E a alimentação balanceada ajuda a evitar esse problema também.
Para buscar alívio para as enxaquecas, Flávia Fairbanks diz que a gestante pode fazer escalda-pés e massagear as têmporas com as pontas dos dedos, em movimentos circulares. "Mas o repouso é a principal recomendação", declara a especialista. 
Segundo trimestre
Nessa fase, de acordo com os especialistas, é comum a mulher sentir a chamada dor no baixo ventre, que acontece em função do crescimento do útero, que passa a pressionar músculos, ligamentos, veias e outros tecidos do corpo.
"A dor no baixo ventre, que lembra a cólica menstrual, causa medo de abortamento, mas geralmente cessa espontaneamente, sem a necessidade de medicação", declara Alberto Guimarães. Para amenizar o problema, a mulher pode tomar banhos quentes ou usar bolsas térmicas no local. Se a dor não melhorar ou houver sangramento, a gestante deve procurar imediatamente o médico com quem faz o pré-natal.
O que também ocorre nesse período da gravidez é o peso do útero modificar o eixo gravitacional da mulher. A gestante passa a curvar mais a coluna –desenvolvendo hiperlordose (aumento da curvatura da região lombar) e hipercifose (aumento da curvatura da região dorsal)– e a alargar a base de sustentação, andando com os pés afastados. Tudo isso leva à utilização de grupos musculares que não são rotineiramente solicitados e pode provocar desconforto na coluna e fadiga. "Alongamento e atividade física regulares ajudam a estabilizar e a fortalecer os grupos musculares mais solicitados", afirma Malaguer.
Terceiro trimestre
Os incômodos articulares causados pelo acúmulo de líquido podem estar mais presentes à medida em que a gravidez progride e o peso da gestante aumenta, sobretudo em mulheres menos ativas fisicamente. "No último trimestre, algumas grávidas se referem às dores nas virilhas", afirma o ginecologista e obstetra Cláudio Basbaum, introdutor do Parto Leboyer (nascimento sem violência) e da Técnica de Shantala (massagem para bebês), no Brasil e obstetra da Maternidade São Luiz, em São Paulo. 
"Nessa fase recomendamos a prática de exercícios físicos sem impacto com fortalecimento, como o alongamento e o relaxamento muscular, massagens e imersões em água aquecida, além de usar calçado de salto baixo e adequado", segundo o médico.
 
Outras medidas gerais são válidas para todas as gestantes. "Adotar a postura ereta ao sentar, usar colchão mais firme, evitar carregar excesso de peso e deitar-se de lado --de preferência com uma almofada entre os joelhos-- são atitudes que facilitam a rotina sem grandes incômodos", segundo Basbaum. O médico sugere que, ao se levantar, a grávida  tome o cuidado de, primeiro, se acomodar em ‘posição fetal’ para elevar-se de lado, para não forçar a coluna.



21 de nov. de 2012

Entrei em trabalho de parto!

Saiba reconhecer os principais indícios de que ele vai começar.

Patrícia Machado utiliza um estetoscópio para tentar ouvir o bebê,
 o que a levou duas vezes à maternidade com alarmes falsos
A hora certa de ir para a maternidade é uma das principais dúvidas quando se chega ao fim da gravidez. Alguns sinais indicam que o momento está próximo, mas eles variam de mulher para mulher e diferem a cada gestação. Se você está tentando imaginar o começo do seu trabalho de parto, saiba que o mais provável é que ele se inicie na forma de cólicas. De acordo com o ginecologista e obstetra Edilson da Costa Ogeda, esse é o sinal de largada para 60% das mulheres. Outro indício de que chegou a hora é a ruptura da bolsa, identificável pelo vazamento de líquido amniótico pela vagina, que ocorre em 20% das gestações. “O aviso também pode aparecer na forma de um pequeno sangramento. E, em menos de 2% dos casos, as mulheres não chegam a ter nenhum presságio”, diz o médico. 
Conhecer um pouco sobre cada um desses sinais de alerta pode ser útil para avaliar, com mais precisão, principalmente na primeira gravidez, se realmente é o momento de pegar as malas e ir para a maternidade ou se trata de um alarme falso. “No fim da gestação, a ansiedade aumenta, o que costuma atrapalhar a interpretação dos indícios”, lembra Ogeda.
Contrações 
Embora elas sejam o prenúncio mais comum do início do trabalho de parto, na forma de cólicas, são também o sinal que mais confunde as grávidas. Isso porque o nono mês de gestação é um período no qual a mulher pode se sentir menos confortável com o corpo. É normal que ela esteja inchada, registrando uma pressão maior sobre os órgãos internos e sentindo mais o peso do bebê, que vai encaixando-se na pelve. Tudo conspira para que ela confunda pequenos mal-estares com cólicas, afirma Ogeda. 

Mas o que são essas cólicas? “Para tirar a pasta de dente do tubo é preciso apertá-lo. Da mesma maneira, um bebê precisa de contrações para sair do útero”, compara o ginecologista e obstetra Rubens Paulo Gonçalvez. As dores, inicialmente pequenas, são o resultado desses movimentos. Elas aparecem na parte final da coluna, ou na bexiga, e são acompanhadas do endurecimento do útero, diferentemente das contrações normais e indolores que ocorrem a partir do quinto mês, quando a barriga endurece e amolece, sendo conhecidas como contrações de Braxton-Hicks. 

O falso início do trabalho de parto se caracteriza ainda por contrações com intervalos irregulares. Em alguns casos, as dores, principalmente no baixo ventre, podem até ficar mais fortes em um curto período, mas costumam regredir rapidamente. Perceber todas essas diferenças não é mesmo fácil. A analista contábil Patrícia da Silva Oliveira Machado, chegou a ir para a maternidade e ser mandada de volta para casa em duas ocasiões durante a gravidez. “Perdi a conta de quantas vezes liguei para o médico nas últimas semanas de gravidez”, conta. 

Para evitar esse vai-e-volta à maternidade, a grávida deve observar se as contrações são regulares, se a intensidade tende a aumentar e se o intervalo entre elas diminui. “No primeiro filho, espere para sair de casa quando contar contrações regulares a cada cinco minutos, por cerca de 40 minutos”, explica Gonçalvez. “A partir do segundo filho, principalmente se os outros nasceram de parto normal, é melhor não esperar tanto.” 

Rompimento da bolsa Quando a bolsa que envolve o bebê se rompe, o nascimento costuma ocorrer em, no máximo, 24 horas. “Após 12 horas, convém induzir o parto, pois há risco de contaminação do interior do útero”, avisa Gonçalvez. Mas a ruptura da bolsa nem sempre é tão fácil de identificar. Quando acontece na parte inferior, um volume grande de líquido vaza de uma só vez. Se ela se dá em regiões mais altas, os jatos são intermitentes e menores, como se a grávida estivesse perdendo urina. Para tirar dúvidas, saiba que o líquido amniótico tem um cheiro bem diferente do da urina e a coloração lembra água-de-coco. 

O obstetra Gonçalvez recomenda usar calcinhas brancas no fim da gravidez. No caso de ruptura da bolsa, isso facilita ver a coloração do líquido. Caso o bebê tenha evacuado, o líquido ficará esverdeado, o que pode indicar necessidade de maiores cuidados. 

O trabalho de parto pode ainda começar com um sangramento, conforme a localização da placenta, explica Gonçalvez. “No caso das placentas conhecidas como baixas, prévias ou marginais, geralmente diagnosticadas no pré-natal, um sangramento vermelho-vivo poderá ocorrer nas primeiras contrações ou mesmo sem elas”, diz o médico. Já a perda do tampão mucoso, de aspecto gelatinoso, que protege a entrada do útero, indica que o fim da gravidez se aproxima. A perda, com ou sem sangramento, pode acontecer de algumas horas até 15 dias antes do parto. 

Calma! Como se vê, não faltam sinais que indicam que o trabalho de parto vai começar. E, se você está certa de que apresenta algum deles, acalme-se. “Só nos filmes e, em raríssimos casos, os bebês nascem antes que a mãe consiga chegar à maternidade”, afirma Ogeda. Mesmo assim, há quem fique aflita no finzinho da gravidez. No caso da pedagoga Luciana Mina, mãe de três filhos, durante sua última gravidez, aconteceu um misto de ansiedade e preocupação de que o bebê passasse da hora. “Meu coração acelerava, as contrações aumentavam, já não conseguia mais contar os intervalos, meu marido ficava nervoso, e as contrações pioravam, aí o jeito foi ir para a maternidade, porque ninguém mais tinha condições de avaliar se a hora tinha mesmo chegado”, diz ela.
via crescer

20 de nov. de 2012

O que você diria a uma amiga que está grávida?

A crescer perguntou a mulheres que são mães o que elas diriam a você que está grávida. Nas respostas há desde dicas práticas, como um lembrete para você dormir bastante agora, a pensamentos divertidos. 

Confira a primeira parte do vídeo!



Confira a segunda parte do vídeo!



Confira a terceira parte do vídeo!



CRESCER

19 de nov. de 2012

Álcool na gravidez pode reduzir o QI do bebê.

Estudo reforça a necessidade de evitar até a ingestão moderada do álcool durante os nove meses!


Pesquisadores das universidades de Oxford e Bristol analisaram o QI de 4 mil crianças, assim como a ingestão de álcool de suas respectivas mães durante a gravidez, e descobriram que o consumo moderado de bebidas alcoólicas, de uma a seis unidades por semana, durante a gestação pode afetar os níveis de QI. 

De acordo com os dados publicados pela BBC, os especialistas afirmaram que o efeito negativo pode ser considerado pequeno, mas que, mesmo assim, reforça a necessidade de evitar o álcool durante os nove meses da gestação. 

Estudos anteriores chegaram a resultados inconsistentes sobre até que ponto o consumo de bebidas alcoólicas poderia afetar a gravidez, principalmente porque é difícil separar esse e outros fatores que podem causar consequências.

No entanto, essa nova pesquisa, publicada no jornal PLOS One, mostra que quatro variações genéticas nos genes das crianças e suas mães estavam fortemente relacionadas a QIs menores aos 8 anos de idade. Em média, essas crianças apresentaram dois pontos a menos por cada modificação genética.

Os pesquisadores disseram que esses efeitos ainda não podem ser totalmente provados. Mas os resultados do estudo sugeriram que é a exposição ao álcool durante a gravidez o fator responsável pelas diferenças nos QIs das crianças. 

"A mulher pode decidir se quer ou não beber durante a gravidez, mas estamos proporcionando a evidência. Eu recomendaria evitar o álcool, por que arriscar?", questionou o pesquisador Ron Gray.