31 de ago. de 2012

Diabetes durante a gravidez aumenta as chances de autismo



Mulheres que tem diabetes, pressão alta ou obesidade antes e durante a gravidez estão mais sujeitas a ter filhos com autismo, diz um estudo feito pela Universidade da Califórnia. De acordo com os pesquisadores, as chances podem aumentar em até 60%, por isso, uma alimentação adequada é ainda mais importante antes e durante a gravidez. 
O autismo é um grupo de desordens que surgem em decorrência de transtornos no desenvolvimento do sistema nervoso, e que pode causar sérios problemas de sociabilidade, comunicação e comportamento na criança. No Brasil, aproximadamente um milhão de crianças sofrem com esse problema. 
Durante o estudo, foram observadas mil crianças. Desse grupo de voluntários, 508 tinham autismo, 178 tinham algum sinal de problemas de comunicação e 315 eram crianças com desenvolvimento normal. Os médicos analisaram o histórico de cada uma das mães e fizeram também entrevistas com as famílias das crianças. No final, eles descobriram que mulheres que tinham diabetes, hipertensão ou eram obesas tinham 60% mais chances de ter filhos autistas. 

A relação do diabetes com o autismo já havia sido encontrada em estudos anteriores, mas ainda não se sabe por que essa doença, além da obesidade e da hipertensão, aumenta tanto as chances de autismo. Segundo os autores, os exames pré-natais podem ter papel mais importante do que se acreditava na prevenção do autismo.  

Autismo

"A criança com autismo, normalmente, não aparenta nenhuma deficiência, e isso muitas vezes faz com que as pessoas a julguem como mal educada", afirma a psicóloga Ana Maria Serrajordia, mãe de uma criança autista e umas das fundadoras da AMA (Associação de Amigos do Autista). 

As disfunções são crônicas, que surgem até os três anos de idade da criança. "É genético, em muitos casos, mas pode ser adquirido como consequência de infecções e outros problemas perinatais", afirma a pediatra Fátima Dourado, presidente da Casa da Esperança. Alguns estudos mostram que fatores biológicos estão envolvidos com o transtorno autista, mas ainda não foi identificado um marcador específico. Sabe-se, com certeza, que o autismo não está ligado a vivências psicológicas da infância. 
Vale lembrar que o problema manifesta-se em vários níveis. Entretanto, quando bem realizado, o tratamento traz efeitos positivos em qualquer um eles, com aumento nas habilidades de comunicação e de comportamento. "Como a criança passa muito mais tempo com os pais, o papel deles é tão ou mais importante quanto o dos terapeutas", afirma a psicóloga. Hoje em dia, já há casos de pessoas que conseguem estudar em escolas regulares e até cursar uma universidade. 

30 de ago. de 2012

Governo de São Paulo cria “pré-natal do homem”

O programa, que deve chegar a 190 municípios até 2014, oferece exames para diagnosticar DSTs e incentiva o futuro pai a cuidar de sua saúde.


Você já ouviu dizer que os homens não gostam de ir ao médico? Pois agora eles têm uma razão para mudar de ideia: a gravidez. Isso mesmo. Um novo projeto da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo está implantando o “pré-natal do homem” nos serviços de saúde das cidades paulistanas. A ação já está funcionando em 45 municípios e deve chegar a 190 até 2014 e oferece atendimento para os futuros pais durante o pré-natal da gestante.
 Qual é o papel do pai nos primeiros meses do bebê?
O objetivo principal é oferecer exames para diagnosticar sífilis e HIV para os futuros pais e assim diminuir gradativamente a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis, tanto de um parceiro para o outro quanto de mãe para filho (que pode ocorrer durante o parto ou amamentação). “Os municípios têm aproveitado a oportunidade para fazer uma ação de saúde integral e falar sobre outras questões que dizem respeito ao bem-estar do pai. Alguns têm feito o chamado ‘kit homem’, que inclui exames de colesterol, diabetes e próstata”, explica Patrícia Marques, psicóloga da área de prevenção do Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids, na capital paulista, que já oferece o “pré-natal do homem”.
Uma iniciativa semelhante aconteceu em 2008, em Várzea Paulista (SP), quando a Secretaria de Saúde da cidade passou a incentivar os pais a fazerem exames para diagnóstico e tratamento de doenças que podem afetar a saúde da mulher e, assim, a do bebê.
Além de melhorar o acesso masculino aos serviços de saúde, o “pré-natal do homem” também aumenta a participação do pai durante os nove meses até o parto. Assim que a gestante é encaminhada para a rede de atenção básica, o companheiro é convidado a fazer uma consulta também. “Antes eles ficavam apenas na sala de espera. Agora podem ter acesso a exames e ainda tirar dúvidas sobre paternidade e outros cuidados em geral”, diz Patrícia Marques. A expectativa é de que os homens busquem cada vez mais os centros de atendimento e estejam em dia com a sua saúde. E toda a família vai ganhar com isso.

29 de ago. de 2012

10 coisas que preocupam as grávidas antes do parto


Durante a gravidez, todas as mães se preocupam com o que acontecerá na hora do parto: será que vai doer? Como é a sensação da bolsa rompendo? Vou conseguir ter um parto normal? Só que nada disso importa muito. Por isso, nos inspiramos na lista do site Babble e contamos para você tudo o que acontece nestas situações para te deixar tranquila, tranquila na hora H.


A bolsa estourou!
Nos filmes, a cena da bolsa rompendo é sempre acompanhada de momentos constrangedores: aquele aguaceiro geralmente cai nas suas pernas em um restaurante, durante o sexo (mas quem consegue fazer sexo nesta etapa da gestação mesmo?) ou em um encontro de família. Na vida real, nem sempre é assim. Apenas em 13% das gestações a bolsa rompe naturalmente e, quando isso ocorre, toda aquela água mais se parece um xixi fora de hora que não pára de correr. Não precisa se preocupar.

Com que roupa eu vou?
Você vai dar à luz a seu filho, e a roupa que você vestirá neste momento não importa tanto. Mesmo nos casos de cesárea com hora marcada, você usará um avental do hospital na hora do parto, então não precisa se montar toda para se tornar mãe. E, de qualquer modo, você estará inchada e cansada. Para quem importa de verdade, você estará lindona!

Dar à luz no caminho para o hospital
Todo mundo já leu alguma história de mulheres que deram à luz sozinhas a caminho do hospital, mas estes partos são extremamente raros. Um parto natural demora algumas horas para acontecer, e você pode controlar quando tempo ainda tem pelas contrações – comece a se preocupar quando elas acontecerem com 4 a 10 minutos de diferença.

Necessidades fisiológicas durante o parto
Durante o parto normal, o médico pede para que você faça força, como se você estivesse fazendo o número 2. E, realmente, isso pode acontecer. Para evitar esta situação, você pode pedir a lavagem intestinal. Na maioria dos partos hospitalares, ela já é feita.

Trilha sonora do nascimento
Talvez preparar uma trilha sonora seja bom para acalmar os nervos, e sempre se lembrar do seu parto quando escuta a música no futuro. Mas acredite: depois de algumas horas em trabalho de parto, tudo o que você mais quer ouvir é o som do bebê fora da sua barriga.

Todo mundo olhar para suas partes íntimas
Ficar com a vagina exposta aos médicos e enfermeiras que irão acompanhar o seu parto pode ser estranho no começo, mas você nem irá se importar com isso na hora do parto – afinal, todos eles veem vaginas todos os dias, o dia todo.

Gritar com o obstetra
Durante o parto normal, você pode perder o controle e gritar com o seu marido, com seus familiares, com os enfermeiros e, principalmente, com o seu obstetra. Relaxe. Ele sabe que você está sentindo dor e muitas emoções ao mesmo tempo. Grite mesmo.

As temidas fotos pós-parto
Se a sua preocupação maior depois que deu à luz um bebê lindo é como estará o seu cabelo nas fotos, está na hora de você rever alguns pontos de vista. Não dá para manter a escova o tempo todo. E, quer saber?, você realmente não se importará com isso.

28 de ago. de 2012

Vídeo - Benefícios do leite materno


Saiba por que o leite materno é um alimento tão perfeito e importante nos primeiros meses de vida no vídeo a seguir:

27 de ago. de 2012

Dores Pélvicas durante a Gestação


A dor na região pélvica é bastante comum durante a gravidez, infelizmente. Cerca de metade das gestantes sofre de algum tipo de dor nas costas ou na pelve. 
Durante a gestação, seu corpo produz um hormônio chamado relaxina, que torna mais elásticos os ligamentos na pelve e em outras articulações, com o objetivo de ajudar a passagem do bebê na hora do parto. Por causa da maior elasticidade dos ligamentos, as articulações ficam mais "soltas" ao longo da gravidez (e logo depois também). 
Além disso, na gravidez, sua postura e sua força muscular se modificam, assim como a movimentação nos lados direito e esquerdo da pelve. Com tudo isso, as articulações, os ligamentos e os músculos da região pélvica acabam sendo muito pressionados. 

E quando a dor é na parte de trás do quadril? 
A dor na parte de trás da pelve é frequente na gravidez. O problema também pode ser chamado de dor na junta sacro-ilíaca, porque esse é o nome da articulação onde se iniciam os desconfortos.
Frequentemente, essa dor púbica é confundida com a dor ciática. Pouquíssimas mulheres -- apenas cerca de 1% delas -- apresentam ciática na gravidez. Já se sabe que a maior parte das queixas de dores na região da coluna lombar ou nas pernas durante a gestação vem de problemas na sínfise púbica. 
Dores na região da frente do osso púbico também podem acontecer. 
Nos casos mais graves, a dor pélvica recebe o nome de disfunção da sínfise púbica. É uma dor que chega a ser incapacitante e precisa de tratamento, às vezes até no hospital. Mas felizmente não é tão comum. 
Não sei se é isso que estou sentindo. 

Como é essa dor pélvica? 
Na maioria das vezes, a dor pélvica da gravidez ocorre em apenas um lado e pode se concentrar nas nádegas. Ela pode também dar a impressão de estar "saltando" de um lado para o outro, ou ainda ser acompanhada por uma dor nas costas ou por dor na parte da frente da pelve. 
A dor pode ainda se irradiar pelas nádegas ou pela parte de trás das pernas. Você também pode sentir dor nos quadris. Uma perna ou ambas podem parecer mais fracas, ou ainda pode ser que você tenha dificuldades em levantar as pernas, principalmente quando está deitada.

A dor geralmente piora quando você se deita de barriga para cima ou quando se vira na cama. Andar ou se levantar da posição sentada são ações que podem contribuir para a dor. O mal-estar piora à noite e sua intensidade geralmente está relacionada às atividades realizadas durante o dia. Abrir as pernas, principalmente nas posições agachada e deitada, também pode ser muito doloroso. 

Existe alguma fase da gravidez em que essa dor é mais comum? 
A dor pélvica pública pode ter início já no primeiro trimestre da gestação ou pode aparecer nos dias que antecedem o parto. Na maior parte das vezes ela aparece durante o segundo trimestre, quando o peso sobre a bacia passa a ser maior.

Se a dor aparecer no finalzinho da gravidez, talvez seja porque a cabeça de seu bebê esteja se encaixando dentro da pelve. Nesse caso, é raro que a dor volte depois do parto. 
Se você sofrer com o problema na gestação, há mais chances de a dor reaparecer na próxima gravidez, talvez em uma fase ainda mais inicial. Se não for tratada, a disfunção da sínfise púbica poderá ser ainda mais grave. Por isso, nos casos em que a dor foi incapacitante, muitos profissionais de saúde recomendam esperar que os problemas da gravidez se atenuem ou desapareçam antes de tentar ter um novo bebê. 

Qual é o tratamento adequado? 
Há várias táticas que podem ser adotadas para combater a dor na pelve, na virilha e no púbis: 
- Tenha cuidado ao realizar suas atividades diárias. Um fisioterapeuta pode ensinar técnicas para você manter a pelve mais estável na hora de realizar movimentos mais doloridos, como caminhar ou ficar em pé. 
- Exercícios melhoram a estabilidade da pelve e das costas, principalmente os que trabalham os músculos da barriga e do assoalho pélvico, como pilates. 
- Alguns especialistas recomendam o uso de uma cinta de suporte. Para cerca de 80% das gestantes, a cinta pode trazer alívio imediato da dor e pode ser usada com segurança durante toda a gravidez. 
- Calcinhas altas com costura de reforço na região abdominal também ajudam a aliviar o peso sobre a bacia. 
- A fisioterapia e algumas técnicas de massagem suave podem ajudar a relaxar áreas de tensão da bacia, das costas ou na pelve. 
- A acupuntura pode ajudar, mas prefira um médico que tenha experiência no tratamento de gestantes. 

A dor na pelve pode atrapalhar na hora do parto? 
Se você estiver bem orientada e acompanhada, é raro que a dor na pelve ou a disfunção da sínfise púbica provoquem problemas no parto. No parto normal, converse com o médico para tentar achar uma postura mais ereta, que costuma ser mais confortável.
Se a dor for tanta que você não conseguir abrir as pernas, talvez seja melhor conversar com seu médico sobre quais as melhores posições para o parto vaginal. 

O que eu posso fazer para aliviar os sintomas? 
Há algumas medidas que você pode tomar para amenizar a dor: 
- Se você tem dores ao se virar de um lado para o outro na cama, tente a seguinte técnica para se levantar: abrace os joelhos, trazendo-os o mais perto possível do peito; contraia os músculos da barriga e do assoalho pélvico e "role" para a frente para se sentar. Esse movimento ajuda a manter a pelve no lugar. 
- Evite deitar de barriga para cima, principalmente com as pernas esticadas. Se tiver que ficar nesta posição, coloque uma toalha ou um travesseiro enrolada atrás das costas, na altura da cintura, e dobre os joelhos. Atenção quando quiser relaxar no sofá ou na banheira, pois eles são um convite para você ficar de barriga para cima. Procure outras posições confortáveis. O mesmo vale para se você for fazer uma massagem. 
- Evite fazer qualquer esforço que agrave a dor. Quando a dor piora, ela pode demorar para melhorar depois. 
- Ao caminhar, faça um ligeiro arco com as costas e balance os braços, como em uma marcha. Isso também ajuda a fixar a pelve. 
- Faça seus exercícios para o assoalho pélvico (exercícios de Kegel) regularmente, pois eles ajudam a fortalecer as articulações da pelve. 
- Evite levantar peso ou empurrar objetos pesados como móveis. Até o carrinho do supermercado pode ser um tormento. Sempre que possível, use serviços de entrega dos supermercados ou peça ajuda a alguém. 
- Procure descansar sempre que possível. Você pode usar a posição de "gato" (de quatro, com as mãos e joelhos no chão) ou então sentar numa bola de ioga. 
- Cuidado para não exagerar no esforço físico. Muitas vezes, você só vai sentir os resultados de um dia agitado na hora de dormir. 
- Ás vezes, dormir sobre uma superfície macia ajuda. Tente colocar um edredom bem fofinho debaixo do lençol. 
- Ao se vestir, sente-se para tirar e colocar a calcinha e a calça. 
- A aplicação de uma bolsa de água quente pode aliviar a dor. 


24 de ago. de 2012

Coleção Primavera- Verão 2012/2013 Be Mammy

A Be Mammy Moda Gestante, apresenta:
 A Coleção Primavera- Verão 2012/2013 

Lançada na Feira da Gestante, Bebê e Criança em SP, traz Estampas Florais e Tropicais, Tons vibrantes como o Azul Petróleo e Caramelo, Transparência, Renda e Laços e modelagens para todos os gostos, dando um toque sofisticado, despojado e único para as gestantes na Primavera- Verão 2012/2013. 
a nossa loja virtual já está atualizada com o lançamento da Nova Coleção!

Convidamos vocês a entrarem no site e conferir a coleção completa:































Fotos Eduardo Bueno 
Modelos : Fernanda Stella e Mary Rubio
Cabelo : Rudson Motta
Look`s : Be Mammy



23 de ago. de 2012

Gravidez na adolescência


A gravidez é uma situação geralmente associada a sentimentos bons, como alegria, amor, carinho, expectativa. Mas quando a mulher engravida na adolescência todas essas sensações podem ser substituídas pelo medo e a insegurança. Neste momento, a presença e o apoio da família são indispensáveis para que a menina não sofra as consequências das dúvidas e do medo pela grande mudança que vai enfrentar na vida.
A gestação na adolescência é o tema do próximo episódio do Ser Saudável. Especialistas vão explicar no programa quais são as melhores maneiras de prevenir a gestação precoce e também como ajudar uma adolescente grávida nesta fase.
Você irá acompanhar duas histórias de meninas que ficaram grávidas muito cedo. Franciele teve a filha Maria Eduarda com 17 anos e conta com a ajuda da família na criação da menina. Ana Beatriz é estudante e espera o primeiro filho, aos 15 anos de idade, junto com o namorado.
O programa irá mostrar como as duas meninas encaram a experiência da maternidade e como a chegada de uma criança na adolescência afetou a rotina delas e das famílias. Além disso, especialistas dão importantes dicas e informações sobre como evitar a gravidez e lidar com a gestação precoce.
Participam deste episódio a médica Soraia Nilsa Schmidt, ginecologista do Hospital Materno-Infantil Getúlio Vargas; o pediatra e professor da Universidade Federal do Ceará, Almir de Castro Neves Filho; e a psiquiatra Geraldina Viçosa. O conteúdo deste programa foi produzido sob orientação de Sérgio Martins Costa, do Hospital Mãe de Deus.

Assista ao programa completo:

22 de ago. de 2012

Você sabe quando está ovulando?

Durante o período fértil, o corpo dá sinais específicos de que a mulher está pronta para engravidar. Aprenda a identificá-los!

Da primeira menstruação à chegada da menopausa, o organismo feminino passa centenas de vezes por uma repetição mensal chamada de ciclo menstrual. Durante cada um desses períodos de 28 ou 30 dias, apenas por cerca de 36 horas (ou menos!) existe a chance de conceber um filho. Portanto, para quem deseja engravidar, saber precisamente o dia da ovulação pode fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso.

Mesmo que a mulher não esteja planejando uma gravidez, é interessantíssimo identificar os dias em que se encontra fértil. Sim, porque é nesse estágio do ciclo menstrual que ela atinge o ápice da feminilidade e seus atributos de sedução ficam em maior evidência. Quem não gostaria de tirar proveito desse momento de glória pessoal? “É quando a mulher fica mais atraente, sua pele se torna mais úmida e ela ganha um brilho diferente no olhar”, diz o ginecologista e obstetra José Bento de Souza, de São Paulo.

Com um pouco de auto-observação ou com a ajuda de exames específicos, é possível identificar os sinais que o corpo dá no período em que você está fértil. Antes de descobrir quais são os indícios da ovulação, porém, é importante entender o que acontece durante o ciclo menstrual.

Um mês, várias fases
O primeiro dia do ciclo é aquele em que a menstruação vem. Toda mulher deve ficar atenta e anotar essa data, pois é a partir dela que se calcula não apenas a chegada da próxima menstruação como também os dias de maior chance de engravidar. “No início do ciclo, a glândula hipófise, localizada no cérebro, secreta o FSH, um hormônio que age no ovário, fazendo com que ele produza outro hormônio, o estrogênio, que estimula a maturação do óvulo”, explica João Leandro Costa de Matos, coordenador de ginecologia e obstetrícia do Hospital Balbino, no Rio de Janeiro.

O estrogênio começa a preparar a vagina e o útero para receber os espermatozoides, que poderão fecundar o óvulo. Com o fim do período menstrual, a secreção vaginal fica cada dia mais hospitaleira, enquanto a mulher se torna mais comunicativa, bem-humorada e sedutora. Por volta da metade do ciclo – geralmente, entre o 12º e o 16º dia depois da data em que a menstruação desceu –, a hipófise libera uma dose maior de LH, um hormônio que está sempre circulando na corrente sanguínea, mas que tem seu ápice nesse momento. Sua função é provocar a liberação do óvulo maduro, que é lançado para a trompa. Essa é a fase chamada de ovulação.

Durante um período de 12 a 36 horas, no máximo, o óvulo sobrevive, esperando ser fecundado. Se isso não acontecer, ele morre, e o corpo da mulher passa a ser comandado pelo hormônio progesterona, que reduz a libido e torna o ambiente vaginal e uterino inóspito aos espermatozoides. Então, na segunda metade do ciclo menstrual, a mulher fica mais introspectiva e, muitas vezes, surge a famosa TPM, até que a próxima menstruação chegue e tudo recomece.

Sinais da ovulação
Saiba como reconhecer quando você entra no período fértil:

- Dor pélvica
Não é todo mundo que sente, mas há mulheres que notam algumas pontadas na região pélvica, quando estão ovulando. Esse desconforto ocorre porque, para ser liberado do ovário, o óvulo precisa romper uma estrutura que o envolve, chamada de folículo, o que pode ser um pouco dolorido. Embora esse sintoma nem sempre seja perceptível, vale a pena prestar atenção, caso você sinta um incômodo no baixo ventre, na metade do ciclo. Pode ser, sim, a tão esperada ovulação!

- Temperatura em alta
“Quando ocorre o pico de LH, o hormônio que estimula a ovulação, a temperatura basal da mulher sobe um pouco, cerca de meio grau”, esclarece José Bento de Souza. Para acompanhar essa oscilação, é necessário ter um termômetro à cabeceira da cama desde o primeiro dia do ciclo menstrual. Todas as manhãs, antes de se levantar, meça sua temperatura, posicionando o termômetro sob a língua. “Medir na axila é desaconselhável porque há variações, especialmente se a pessoa dormiu muito agasalhada.

Também é fundamental fazer o procedimento antes de escovar os dentes ou comer, o que também altera a temperatura da boca”, completa Souza. Anote em um papel o resultado, dia a dia. Quando o termômetro marcar um valor um pouco mais alto, possivelmente você estará no período fértil e será a hora de tentar encomendar um herdeiro. Lembre-se de que não se trata de um método totalmente confiável, já que outros fatores, como uma virose e alterações emocionais, também podem fazer sua temperatura subir.

- Secreção diferenciada
Quando não se está menstruada, é comum perceber um muco que sai da vagina. Essa secreção é normal e sofre algumas modificações ao longo do ciclo menstrual. A chegada do período fértil pode ser observada pela mulher que fica atenta a essas mudanças. “A ovulação aumenta a quantidade desse muco e o torna mais elástico, semelhante à clara de ovo”, compara o João Leandro Costa de Matos. Tudo isso tem um propósito: facilitar a chegada dos espermatozoides ao óvulo. Assim que passa o período fértil, o muco diminui e se torna mais espesso. Esse é um sinal de que a oportunidade de engravidar, provavelmente, já passou. Pelo menos dessa vez...

- Muito mais desejo
Durante a ovulação, todo o corpo feminino está voltado para conseguir êxito na reprodução. Isso, lógico, faz com que a mulher sinta mais vontade de transar. “O aumento do desejo vem acompanhado de uma produção de feromônios”, diz Matos. Feromônios são substâncias secretadas pelo corpo que têm a capacidade de excitar sexualmente os homens por meio do olfato. Se os odores corporais da mulher se acentuam na época fértil para atrair parceiros, a sua percepção de cheiros também fica aguçada. Por isso, se além de a libido estar tinindo, seu nariz parecer mais sensível em determinado dia, há chances de ser um sinal de máxima fertilidade!

- Teste em casa
Digamos que você observe todos os sinais que listamos, mas ainda assim pretenda saber, com mais precisão, se está realmente ovulando. Para esse caso, existe um teste comprado em farmácia, que custa aproximadamente 40 reais e é tão fácil de usar quanto o outro utilizado para saber se está ou não grávida. O teste de fertilidade também é feito com uma amostra de urina. A diferença é que ele deve ser repetido por cinco dias, todas as manhãs.

Há várias marcas disponíveis no mercado, mas o princípio é o mesmo. Mergulha-se uma das cinco fitas do kit na urina. Aí, basta aguardar alguns minutos. Se surgir uma linha de cor tão ou mais intensa do que a linha de controle já presente na tira, significa que o nível do hormônio LH aumentou no organismo. Bingo! É sinal de que a ovulação está prestes a acontecer e você tem até 36 horas para tentar engravidar.

- Teste no consultório
Existe um recurso ainda mais preciso do que o teste de farmácia para acompanhar a ovulação. Ele é, geralmente, indicado para mulheres que estão tentando engravidar há, pelo menos, um ano e meio sem sucesso. “Trata-se de um controle ultrassonográfico, realizado a cada dois dias, a partir do nono dia do ciclo menstrual. Assim, o médico vai medindo o tamanho do folículo e consegue saber quando o óvulo será liberado”, afirma Souza. Ficou interessada? Então, converse com o seu ginecologista sobre essa alternativa e boa sorte!

21 de ago. de 2012

BE MAMMY NA FEIRA DA GESTANTE, BEBÊ E CRIANÇA




O evento acontece: De 21 a 26 de Agosto

Local:Centro de Eventos São Luís
Endereço:Rua Luis Coelho, 323 - Consolação
Horário:Terça a Sexta das 14 às 22 horas. Sábado das 10 às 22 horas. Domingo das 10 às 20 horas.


Link: www.feiradobebe.com.br

É uma feira completa com todos os artigos e produtos necessários para a gestação e a Be Mammy estará lançando a Coleção Primavera/Verão de Moda Gestante.

20 de ago. de 2012

Consumo elevado de salmão na gravidez reduz produção de anticorpo



Índice da imunoglobina-A no leite materno, importante para a prevenção de infecções no bebê, tem queda quando há alto consumo de ômega-3.


O consumo de ácido graxo ômega-3 durante a gravidez pode reduzir a produção de um anticorpo importante na prevenção de infecções no bebê. De acordo com um estudo publicado no periódico médico The Journal of Nutrition, mulheres que mantinham uma dieta rica em salmão secretavam menos imunoglobina-A, um anticorpo passado de mãe para filho durante a amamentação.
De efeito benéfico e conhecido para a saúde do coração e até naprevenção da depressão pós-parto, o ácido graxo ômega-3, encontrado em peixes gordos como o salmão, é indicado para qualquer pessoa que queira manter uma dieta saudável. Como são fundamentais para a formação do cérebro de um feto, mulheres grávidas também são costumeiramente encorajadas a ter uma dieta rica da substância. Esse ácido é importante ainda para o desenvolvimento dos vasos sanguíneos, do coração e do sistema imunológico.
Apesar de todos os efeitos benéficos conhecidos do óleo graxo ômega-3, pouco era sabido sobre a influência de sua ingestão na composição do leite materno e das substâncias imunológicas transferidas de mãe para filho. A proteção imunológica que a amamentação fornece aos recém-nascidos é uma das razões pelas quais o aleitamento materno é recomendado por profissionais de todo o mundo. Daí, a importância de se avaliar a influência do consumo de peixes gordos por gestantes.
Pesquisa – Um grupo de pesquisadores, coordenados pela Universidade de Reading e a Universidade de Southampton, na Grã-Bretanha, separou 123 mulheres grávidas, que raramente consumiam peixes gordos, em dois grupos. Metade manteve sua dieta regular. A outra metade ingeriu duas porções de salmão por semana, começando na vigésima semana de gestação até o nascimento.
Descobriu-se, então, que as mães que comeram salmão nos estágios finais da gravidez tiveram um aumento na quantia de ômega-3 presente no leite no primeiro mês após o nascimento. Mas elas tiveram também uma redução na secreção de imunoglobina-A, um anticorpo que ajuda o recém-nascido a se proteger de infecções virais e bacterianas através das mucosas.
“A dieta rica em peixes gordos é eficiente na transmissão de nutrientes saudáveis para os bebês. Mas são necessários mais estudos para examinar como a baixa desse anticorpo específico pode afetar os recém-nascidos”, diz Parveen Yaqoob, coordenadora do estudo.

18 de ago. de 2012

Grávidas ao volante precisam de atenção.



Há quem ache que a grávida tem que ficar em casa, sem fazer esforço e evitando grandes tumultos. Claro que em gestações de risco esses cuidados são fundamentais, mas a gravidez não é sinônimo de invalidez. As futuras mamães podem trabalhar, se exercitar e também dirigir. Mas antes de pegar o carro e sair por aí, observe alguns cuidados ao volante: cinto de segurança, espaçamento da poltrona, velocidade máxima permitida. A não observação dessas dicas pode ser perigosa. Partos prematuros, lesões, hemorragias e até mesmo a perda do bebê podem ser consequência de uma direção nada prudente. Fique atenta!
"O Código de Trânsito Brasileiro não proíbe a grávida de dirigir, entretanto ela precisa entender que há riscos. Sobretudo no primeiro trimestre de gravidez, quando os enjôos e as tonturas são muito frequentes. Mas com a vida corrida, a responsabilidade de pegar os filhos na escola, dirigir pode ser uma necessidade", constata Flávio Emir Adura, presidente da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet).
Pequenas freadas podem causar ruptura do útero, hemorragia e até parto prematuro

Quem pode dirigir
Até 1997, o Código de Trânsito Brasileiro impedia as mulheres grávidas de dirigir a partir do quinto mês de gestação. É que além do bebê estar mais agitado na barriga, podendo desviar a atenção da mãe, os reflexos da mulher durante a gravidez se tornam mais lentos e os riscos de acidente aumentam. Isso ficou no passado.
O atual código não faz nenhuma restrição, mas especialistas alertam: "Teoricamente as grávidas que não apresentam nenhum problema durante a gestação podem dirigir até o nono mês de gestação. No entanto, após o sétimo mês, a prática começa a ficar complicada já que a barriga está muito grande, a posição do cinto atrapalha e as pernas incham", afirma o ginecologista Márcio Coslovsky. Por isso, é altamente recomendável que a partir deste período os cuidados sejam redobrados.
Já no nono mês é necessário reavaliar se a direção é absolutamente necessária. "O risco é altíssimo!", alerta Flávio Emir Adura. Mulheres com aumento do útero por gravidez de gêmeos, com o fundo uterino acima do esperado, pressão alta, pés inchados, tomando remédios para enjôo e com sangramentos ou rutura da bolsa d'água não devem dirigir. Os medicamentos contra enjôo causam sonolência e o inchaço nos pés dificulta a movimentação dos pedais.

Recomendações
Colisões, freadas bruscas, buracos, derrapagens. As ruas e estradas oferecem dezenas de perigos e com as grávidas, os riscos são ainda maiores. "Quando a barriga fica muito próxima ao volante, qualquer colisão ou freada mais brusca pode fazer com que a barriga encoste nele e haja descolamento de placenta", exemplifica Márcio. E Flávio acrescenta: "Pequenas freadas podem causar ruptura do útero, hemorragia e até parto prematuro". Por isso, alguns cuidados são de extrema importância. A começar por ele – o cinto de segurança.

17 de ago. de 2012

Reality show Mães: Superando o primeiro mês.

Estreou na segunda-feira (13) mais uma novidade no programa 
Hoje em Dia. 
O reality show Mães: Superando o primeiro mês que mostra a rotina de três mulheres que estão nos preparativos finais da gravidez do primeiro filho e dos desafios do primeiro mês de vida do bebê.


A atração será exibida em 15 episódios e, ao longo do programa, as famílias participantes abrirão suas casas para a equipe de produção do reality show, que acompanhará, diariamente, a rotina dos pais e familiares com os bebês, registrando assim momentos envolvendo dúvidas, questionamentos, fragilidades, desentendimentos e aproximação dos participantes.

O primeiro mês do bebê é o período no qual todos estes sentimentos são inicialmente vivenciados, de forma intensa e às vezes assustadora, marcando a transição de um estilo de vida mais independente e livre da mulher sem filhos, para outro completamente diferente, cheio de alegria, sim, mas também com demandas, preocupações e exigências.

Ao mostrar as verdadeiras dificuldades enfrentadas pelas mulheres em seus dias iniciais com um recém-nascido em casa, o reality show revela os percalços que pouco aparecem nas revistas, nos comerciais e nos livros, acostumados a pintar um quadro cor-de-rosa da maternidade. O programa retrata, ao invés disso, a rotina real, muitas vezes caótica, de uma mãe de primeira viagem.

Com a participação de consultores (ginecologista obstetra, pediatra neonatologista e psicólogo), o programa busca apresentar orientações para que esta fase seja vivenciada da melhor maneira possível, e oferece soluções para as situações desafiadoras com as quais as mães têm que lidar. Para cada dificuldade enfrentada por uma das participantes, um especialista ligado ao assunto “entra em campo” para analisar a questão e indicar caminhos para a condução do problema.

Longe de querer assustar as futuras mamães com uma imagem negativa da maternidade, o programa se propõe a mostrar que as dificuldades existem, que os sentimentos contraditórios são normais, que é necessário pedir ajuda para lidar com a nova rotina, que é saudável desabafar e que mãe perfeita não existe.


Veja o primeiro episódio do reality Mães: Superando o Primeiro Mês



16 de ago. de 2012

A partir de qual semana a barriga prejudica os movimentos do sexo?

Qualquer casal pode continuar a manter relações sexuais durante a gestação até o momento do parto. É a partir da 28ª semana que o crescimento do bebê aumenta rapidamente, ganhando mais peso e, consequentemente, ficando mais pesado dentro da barriga. É nessa fase da gestação, no último trimestre, que a mulher sente mais falta de ar e dores na lombar, que podem prejudicar o desempenho sexual. "Nesse momento, o casal deve se adaptar e tentar achar posições que tornem o sexo ainda prazeroso para ambos, como por exemplo de lado", afirma a ginecologista e obstetra Denise Gomes

Caso a gestação não possua nenhum risco, de acordo com as informações do médico de cada mulher durante o pré-natal, não há impedimento para a relação sexual. "O casal pode continuar ativo sexualmente até o momento do parto", garante Denise Gomes. Além de experimentar a posição de lado, outra opção é que a mulher fique em cima do parceiro. Dessa forma a barriga fica livre e é possível que a mulher controle a penetração.
Este conteúdo faz parte de uma seleção feita pelo GNT.

15 de ago. de 2012

Quais as minhas chances de engravidar com e sem tratamento?




Um casal saudável, sem nenhum problema de ferilidade, tem em torno de 20% a 22% de chances ao mês de ter sucesso nas suas tentativas. Se a mulher estiver com até 35 anos de idade, as chances de gravidez com três meses de tentativa são de 57%, após seis meses de tentativa são de 72% e após um ano de tentativas as chances de sucesso são de 85%.
Por isso os médicos, estando o casal saudável, pedem exames mais investigativos após pelo menos um ano de tentativas.
Se a mulher tem mais de 35 anos esse período de tentativas deve ser menor, visto que a saúde fértil da mulher começa a cair, passando para 6 meses.
As chances mensais em cada faixa etária da mulher são:
Faixa até 20 anos: 25%
Faixa entre 21 e 30 anos: 20%
Faixa entre 31 e 35 anos: 15%
Faixa entre 36 e 39 anos: 10%
Faixa entre 40 e 44 anos: 5%
45 anos ou mais: abaixo de 3%
Após esse período é importante que o casal procure orientação médica, de preferência especializada, principalmente se a idade da mulher estivar acima de 35 anos.
Com os tratamentos de fertilidade, como indução de ovulação/coito programado as chances sobem apra 30 a 35% de chances ao mês.
As chances com uma Inseminação Artificial giram em torno de de 30%, com uma tentativa a taxa média é de 10 a 18%, com até 3 a 5 tentativas pode chegar a 50%.
O sucesso da FIV(Fertilização em Vitro) vai depender da qualidade dos óvulos, dos espermatozóides e do ambiente do útero no momento da implantação. As probabilidades de gravidez variam entre 20 e 35% em mulheres de até 35 anos. A partir dos 40 anos, quando os óvulos já perderam parte da vitalidade, a taxa de gravidez cai para 15%. Com a FIV a incidência de gestação multipla é de 15% maior que no processo natural, já que, em busca de sucesso, implanta-se o máximo de embriões permitidos em cada tentativa. No entanto, a incidência de trigêmios não chega a assustar: por volta de 1%.
Na ICSI (Inejção Intracitoplasmática do Espermatozóide) as chances são de 25 a 30% por tentativa.

Complementando, a partir de uma dúvida que recebi, por que as chances são tão baixas?
São N fatores pra que uma gestação aconteca, todos os hormônios devem estar regulados nos momentos certos, é preciso ovular regularmente, sendo q isso significa de 8 a 10x ao ano, ou seja, a mulher não ovula todos os meses, o muco deve não deve estar hostil para receber os espzs., o endométrio precisa estar na espessura ideal, as trompas precisam estar desobstruídas, móveis e funcionais, os espzs tem q conseguir chegar até as trompas e/ou estarem lá no momento em que o óvulo está nas trompas, e o óvulo dura em torno de 6 a 12hs, o espzs. precisam conseguir penetrar o óvulo, o óvulo fecundado tem q conseguir chegar ao útero e se fixar, ...

Veja como é que a fecundação ocorre http://anunes.e-familyblog.com/note/3430

Blog Da Fertilidade à Maternidade
Fontes de pesquisa: Pró-criar, IPGO, Semion

14 de ago. de 2012

Ter filhos ajuda na memória das mulheres

Pesquisa norte-americana mostrou que a capacidade de armazenar informações no cérebro aumenta após os filhos.

Assim que descobre a gravidez, seu corpo começa a se preparar para a chegada do bebê. É tanta coisa para fazer ao mesmo tempo... Arrumar o quarto, cuidar da saúde, da alimentação, dos exames, do enxoval. Até o sono fica mais leve para que você ouça os suspiros do recém-nascido depois. 

E quando o bebê chega, todo esse treino é colocado em prática. Trocar a fralda, amamentar, dar banho e não desligar um minuto do seu filho. Para dar conta de tudo, o cérebro das mães se transforma por meio de mecanismos que ampliam os cinco sentidos. E um novo estudo reforçou que a maternidade é, sim, um incremento para a memória. 

Para analisar essa hipótese, os cientistas da Universidade de Carlos Albizu, nos Estados Unidos, realizaram dois testes de memória com 35 mães e 35 mulheres sem filhos e compararam seus resultados. As mães tiveram um desempenho melhor em ambos. 
No primeiro teste, elas tinham que observar um papel com seis imagens por 10 segundos e depois desenhar o que viram. A tarefa foi repetida algumas vezes. As mães tiveram um resultado melhor. Os pesquisadores acreditam que elas têm mais facilidade para fixar informações em relação às demais. No segundo teste, os pesquisadores mostraram algumas imagens e perguntaram às participantes quais tinham aparecido na primeira parte. As mães acertaram todas, enquanto as demais cometeram um ou dois erros. 

Esse não é o primeiro estudo a fazer essa conexão. Craig Kinsley, neurocientista da Universidade de Richmond (EUA), foi um dos primeiros pesquisadores a relacionar a maternidade a ganhos cerebrais concretos. Em diversas pesquisas com ratos ele observou um aumento no tamanho dos neurônios na área do cérebro que regula o comportamento materno, e aumento na produção das espinhas dendríticas, parte dos neurônios responsáveis pelo aprendizado e memória. 

Análises mostram que entre os motivos que levam a essas melhorias cognitivas estariam a ação dos hormônios envolvidos na gravidez e no parto, como o estrogênio, a ocitocina e o cortisol, sobre as principais estruturas neurais. 

Segundo Ricardo Monezi, psicólogo e pesquisador do setor de medicina comportamental da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), esse ganho intelectual que começa na gestação dura para o resto da vida. “Conforme a criança cresce, você pode até perder um pouco das habilidades que adquiriu, mas é fato que a sua memória e sensibilidade nunca mais serão as mesmas depois do primeiro filho”, diz. Ou seja, quando ele já for adolescente e chegar da balada de madrugada você provavelmente vai perceber. Também pode ser por isso que sua mãe sabe exatamente como era a sua carinha quando bebê, não importa a sua idade... 

Outro dado interessante é que essas mudanças podem surgir também nas mães adotivas. “Existem estudos que mostram alteração no comportamento de mães adotivas por meio da ocitocina. As pessoas pensam que só fatores biológicos alteram o organismo, mas nesse caso um fator social mexe com o psicológico da mulher que, por fim, acaba mexendo com aspectos biológicos”, conta Monezi. E você, concorda com isso? 
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