18 de nov. de 2013

Enquanto o bebê não vem...

O casal decide ter filhos, abandona os métodos anticoncepcionais e depois de pouco tempo recebe a visita da cegonha com um bebê saudável e muito desejado. A história parece simples, mas não é. Calcula-se que 15% dos casais em idade reprodutiva encontrem dificuldades para obter uma gravidez natural, necessitando de ajuda especializada. De acordo com Assumpto Iaconelli Junior, diretor da clínica Fertility - Centro de Fertilização Assistida (SP), 80% conseguirão engravidar no primeiro ano, 5% apenas após dois anos e a taxa de gravidez entre os restantes cai verticalmente, com apenas 2% de gestação a cada 12 meses. Portanto para realizar o sonho de ser mãe é preciso ter paciência, uma vez que os médicos só consideram que há algum problema após o período de um ano de tentativas (mulheres com até 35 anos) ou seis meses (acima de 36 anos), sem contraceptivos.

Além disso, a fecundação - junção do espermatozoide com o óvulo que forma o embrião - só acontece quando a mulher está no período fértil, e do total de espermatozoides ejaculado, apenas 1% consegue entrar no útero e somente uns poucos conseguem chegar até as trompas, local onde ocorrerá a concepção.

A boa notícia é que a medicina já oferece diversas alternativas de tratamento para quem deseja engravidar. "O desenvolvimento socioeconômico do País na última década tem modificado o perfil dos casais que buscam ajuda para engravidar. Os tratamentos da área de reprodução humana, antes tidos como pouco acessíveis a população, devido aos altos valores envolvidos, agora estão ao alcance de grande parte dos brasileiros", afirma o especialista Daniel Suslik Zylbersztejn, médico do Setor de Reprodução Humana da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Durante muito tempo, os problemas de fertilidade atribuídos às mulheres. Mas atualmente, sabe-se que são vários os fatores que levam o casal a se deparar com dificuldades para engravidar. E a origem da infertilidade é distribuída: 30% são causas femininas, 30% são causas masculinas e 40% têm causa mista, ou seja, tanto a mulher quanto o homem apresentam simultaneamente alterações que levam ao quadro de infertilidade.

12 de nov. de 2013

A definição de gestação

A gravidez é o estado de desenvolvimento de um embrião ou feto dentro do corpo feminino. Para que uma mulher engravide, é necessário primeiro que ocorra a fecundação, ou seja, o encontro bem sucedido entre espermatozoide e óvulo e a união dos cromossomos, criando uma célula chamada zigoto. Apenas quando o zigoto – após divisões sucessivas – alcança o endométrio (o revestimento interno do útero) é que ocorre a gravidez.

Implantado no útero, o zigoto passa a se chamar embrião, começando a produzir gonadotrofina coriônica humana (hCG) – o “hormônio da gravidez”, responsável por impedir a destruição do revestimento uterino que levaria ao aborto. É o começo de uma longa etapa, marcada por muitas mudanças no corpo da gestante e do pequeno ser que está dentro dela.

Uma gravidez normal dura em média 40 semanas. No primeiro trimestre, os seios da mulher ficam maiores e mais sensíveis. Ela fica mais cansada, sente mais sono e urina com mais frequência. Placenta e saco amniótico se formam nas primeiras oito semanas, respectivamente nutrindo o embrião com sangue materno por meio do cordão umbilical e evitando impactos perigosos ao desenvolvimento do bebê. No fim do primeiro mês, todos os órgãos já estão formados. No fim do segundo mês, com ouvidos, olhos, genitais, dedos das mãos e dos pés formados, o embrião começa a se mexer.

No segundo trimestre, o futuro bebê é chamado de feto. Tem aproximadamente 10 centímetros e 250 gramas, apresentando organização dos órgãos internos. O organismo se adapta à nova condição, e os níveis de hCG diminuem, causando menos cansaço e enjoos. É a fase em que o bebê começa a crescer, chutar a barriga da mãe, chupar o dedo e abrir os olhos. No mesmo período as cartilagens são substituídas por ossos.

O feto está com cerca de 30 centímetros e 1.300 gramas no começo do terceiro trimestre. A partir deste ponto o feto cresce rapidamente, pois há depósitos de gordura sob a pele, e os sistemas devem se desenvolver completamente. No último mês de gravidez, o feto, com aproximadamente 50 centímetros e 3,5 quilos, se prepara para o nascimento: vira de cabeça para baixo e se encaixa na parte inferior da pelve. O parto encerra a gravidez.