30 de jun. de 2012

Estresse na gravidez pode prejudicar o bebê?

Será que ele pode prejudicar o bebê? Novo estudo diz que o estresse aumenta o risco de a criança ter problemas de comportamento.


Você está toda feliz com o bebê que está esperando. Por vezes, quis que o mundo parasse para poder curtir esse momento, mas não tem jeito. Tudo continua acontecendo à sua volta. É o relatório do seu trabalho que deu errado, a empregada que resolveu não aparecer justo no dia que teria visitas à noite, o seu outro filho que foi mal na prova. Será que esse estresse todo prejudica o bebê na barriga?

Cientistas do Perth´s Telethon Institute for Child Health Research, na Austrália, coletaram dados de 3.000 grávidas e situações pelas quais passaram na 18a e 34a semana de gestação. Depois, analisaram o comportamento das crianças e adolescentes com 2, 5, 8, 10 e 14 anos. O resultado do estudo, publicado no jornal científico Development and Psychopathology, revelou que, quanto mais eventos estressantes a gestante passar durante os nove meses, mais risco a criança tem de ter problemas de comportamento.

Para Alessandro Danesi, pediatra do Hospital Sírio-Libanês (SP), apesar de o estudo ter algumas ressalvas, o pré-natal tem, de fato, um impacto no comportamento do bebê. “O bebê tem uma sensibilidade grande no útero e toda vez que há alterações de humor ou do comportamento da mãe", diz. "Na prática, percebo que bebês de mães que tiveram uma gestação turbulenta, com forte estresse, como a morte de um parente, tendem a ser mais agitados, com mais cólicas e dificuldade para dormir." Mas o especialista alerta: isso pode ser revertido se o ambiente em que a criança vive for tranquilo e rodeado de carinho.

E esse é exatamente um dos pontos enfatizados pela autora da pesquisa australiana, Monique Robinson. Segundo ela, independente da exposição do bebê ao estresse no útero, o acolhimento após o nascimento proporciona à criança um enorme potencial para mudar seu curso de desenvolvimento. “Isso é conhecido como ´plasticidade do desenvolvimento', o que significa que o cérebro pode se adaptar e se modificar à medida que a criança cresce em um ambiente positivo”, disse Robinson ao jornal Medical News Today.

De qualquer maneira, vale lembrar (sempre!) que a gravidez deve ser vivida da forma mais gostosa possível. “Em geral, conforme a grávida sente o bebê mexendo na barriga, ela se desliga das coisas externas e passa a curtir ainda mais", afirma Mirna Nakano, ginecologista e obstetra do Hospital Santa Catarina (SP). E é assim mesmo que tem de ser. Afinal, quantas gestações você vai ter na vida? "É preciso investir naquele período, curtir a proximidade com o bebê. Sem contar que o estresse da grávida pode influenciar, inclusive, no parto, na sua tolerância à dor”, diz Mirna. O melhor a fazer para você e o bebê é procurar relaxar e aproveitar cada segundo desse momento tão especial.
Via Crescer

2 comentários:

IlanaPrudente disse...

Muito bom!

Meus pensamentos disse...

Post muito bom, afinal as futuras mamães não podem estressar...
Os hormônios já não estão uma grande maravilha...rs

Ana

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