Evite esmaltes nas unhas e cremes para combater estrias que contenham retinol ou palmitato de retinila |
PERMITIDO
Filtro solar – Não só é permitido como obrigatório: o ideal é usar todos os dias um filtro com fator de proteção (FPS) alto, no mínimo 30, e PPD 10 ("persistent pigment darkening", índice que mede os raios UVA). Isso previne as manchas típicas da gravidez, conhecidas como melasmas. Como medida máxima de precaução, dermatologistas indicam que se dê preferência aos filtros físicos, aqueles que não são absorvidos pela epiderme. Não compre produtos que tenham em sua fórmula alguns ativos que passam para a corrente sanguínea, como metoxiciniamato, benzophenona, metilbenzilideno cânfora (4-MBC), 3-benzilideno cânfora (3-BC), octocrileno (OC), PABA e parabenos. Leia atentamente os rótulos dos filtros solares para identificá-los. “Se não conseguir decifrar o rótulo, a dica é consultar um dermatologista, que indicará uma fórmula manipulada e segura”, diz a dermatologista Fernanda Casagrande, membro das Academias Brasileira e Americana de Dermatologia. Os ativos tinosorb e meroxyl são ótimas opções, segundo a dermatologista Regina Schechtman, membro da Academia Americana de Dermatologia.
Depilação com cera – Como a pele da gestante fica mais vulnerável, é bom utilizar a cera fria ou morna, e não quente demais. Se a mulher for sensível e sentir muito desconforto com a retirada dos pelos por esse método, melhor optar pela lâmina. A dermatologista Fernanda observa a importância de que o ambiente seja bem limpo e que a profissional higienize a epiderme com sabonete anti-séptico antes de começar. Como os pelos encravam mais nessa época, é indicado esfoliar alguns dias antes com produtos específicos que tragam grânulos finos na fórmula.
Drenagem linfática manual – Desde que executada por profissionais qualificados, a drenagem está permitida e até pode ser positiva, pois diminui os inchaços nas pernas. “Se mal aplicada, a drenagem é capaz de desencadear hematomas e até estimular contrações uterinas após o sexto mês”, afirma Regina Schechtman. É recomendada nos casos de retenção de líquidos e aumento de pressão, pois previne a ocorrência de pré-eclâmpsia e eclâmpsia (hipertensão arterial típica da gravidez que é perigosa para a mãe e o bebê).
Limpeza de pele – É um ótimo recurso para as grávidas que sofrem com cravos e espinhas. O dermatologista ou esteticista deve usar somente produtos hipoalergênicos e calmantes, sem incluir esfoliantes com ácidos, que podem ser absorvidos pela pele e chegar até o bebê pela corrente sanguínea. Como a pele já está sensível e suscetível a manchas, aplique o filtro solar imediatamente após o procedimento.
DEPENDE
Fazer as unhas – O ideal é que a gestante apenas faça uma limpeza nas unhas (corte e tire a cutícula), mas evite usar esmaltes. “Eles são ricos em ftalatos, substâncias que estão relacionadas à má formação da genitália de fetos masculinos”, afirma o professor de cosmetologia Maurício Pupo. O emprego de acetona também não é recomendado, pois não deve ser inalado pela gestante. “Vale levar de casa seu kit de manicure com tesoura, lixa e alicate para não correr o risco de se contaminar com o vírus da hepatite B ou C, que permanece em materiais mal esterilizados”, diz a dermatologista Ana Lúcia Recio, membro da Academia Americana de Dermatologia. A dermatologista Regina Schechtman aconselha que a gestante fique atenta para que o alicate não cause pequenos machucados que possam desencadear doenças infecto-contagiosas na pele e ao redor da unha.
Creme anti-idade – Os que utilizam ácido retinoico e seus derivados (retinol, retinaldeído) estão proibidos. “Eles são absorvidos pela pele e podem provocar má formação do bebê”, afirma Regina Schechtman. Estão liberados os cremes com vitamina C, vitamina E, DMAE, raffermine e ácido glicólico, ativos antioxidantes e firmadores. “É bom não exagerar na dose, especialmente no caso do ácido glicólico, para não irritar demais a pele”, diz Maurício Pupo.
Creme para combater estrias – Sinal vermelho para os que trazem retinol ou palmitato de retinila, que podem provocar má formação do feto. Vale apostar nas soluções à base de ureia a 3% e óleos como os de amêndoas doces, semente de uva e rosa mosqueta. “Há no mercado produtos específicos para gestantes, que combatem exatamente esse estiramento com ativos restauradores e hidratantes”, diz Fernanda Casagrande. Para saber mais sobre como prevenir e combater as estrias durante a gravidez, clique aqui.
Cremes clareadores – Estão liberado os botânicos que contêm arbutin, nocitinamida e os à base dos ácidos dióico, láctico, kójico e azelaico. Já se houver hidroquinona nas formulação, jamais use o produto, pois ele pode causar má formação do bebê.
Peeling – Estão proibidos os químicos, que empregam ácidos em altas concentrações. “Não há contra-indicação para os físicos como os de cristal ou diamante, intervenção também conhecida como microdermoabrasão”, diz a dermatologista Fernanda Sanchez (RJ), membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Os de ácido azelaico para acne e manchas também não são nocivos nessa fase.
Coloração de cabelo – Jamais use produtos para colorir os fios até o fim dos três primeiros meses de gestação, pois a chance de absorção pela pele é maior, o que pode levar a uma má formação no desenvolvimento fetal. “Deve-se ficar longe de qualquer substância que provoque alergia, pois esse processo causa aumento da pressão arterial e alteração nos batimentos cardíacos, o que pode por em risco a gestação”, afirma a dermatologista Ana Carina Junqueira Bertin. Após o primeiro trimestre, é possível usar coloração ou tonalizante, desde que livres de amônia e água oxigenada. Escolha marcas reconhecidas e faça o procedimento apenas sob supervisão de um profissional. E vale usar toucas plásticas para proteger o couro cabeludo. "Ao se submeter a químicas, verifique se o ambiente é ventilado para não haver inalação tóxica e remova o preparado na hora certa", afirma a dermatologista. "Não se deve passar nada nos cílios e nas sobrancelhas, áreas muito suscetíveis a alergias", diz.
Massagem relaxante – Se for delicada, pode ser favorável para diminuir as tensões. “Convém não usar óleos essenciais, pois alguns podem ser perigosos para a gestação”, afirma o professor de cosmetologia Maurício Pupo. Tanto o shiatsu quanto a massagem indiana ayurvédica devem ser realizada com cuidado e por profissional habilitado.
PROIBIDO
Cremes anticelulite – Devem ser evitados durante toda a gestação, pois têm ativos muito estimulantes, como ácidos e nicotinato de metila -fórmula química que aumenta a circulação e pode deixar a pele quente e avermelhada por até 40 minutos.
Tratamentos com laser – Não há evidências científicas garantindo que a luz emitida é segura ou se a dor dos procedimentos não causa complicações como contrações ou parto prematuro. Por isso, especialistas recomendam evitar esses procedimentos.
Bronzeamento artificial – Não é recomendado nunca, nem na gravidez nem em qualquer época da vida. A máquina de bronzeamento, inclusive, já está proibida pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) desde novembro de 2009.
Autobronzeador – O principal princípio ativo que colore a superfície da pele, o dihidroxiacetona (DHA), pode ser tóxico. “Como não há estudos assegurando que a substância não afeta o bebê, é melhor não chegar perto”, diz a dermatologista Fernanda Sanchez.
Maquiagem definitiva – Há o risco de que os pigmentos introduzidos na pele desencadeiem reações alérgicas ou, o que é mais grave, reações anafiláticas, que comprometem todo o organismo e provocam coceira, erupção generalizada, vermelhidão, dificuldade para respirar, queda na pressão arterial e, eventualmente, convulsões, vômitos, diarréia e cólicas abdominais. O procedimento também é doloroso e provoca estresse, incitando as contrações.
Depilação definitiva com laser – Não há estudos que garantam que o método seja inofensivo. “Qualquer laser não é permitido, pois não é possível quantificar o grau de radiação que afetará o bebê”, diz a dermatologista Regina Schechtman.
Alisamento ou relaxamento – Tais produtos dificilmente são testados para uso em grávidas e, por isso, os dados a respeito dos riscos são insuficientes. “Os alisamentos trazem elementos que evaporam com facilidade durante a aplicação e têm forte odor. Não se sabe se o que é inalado atingirá o embrião ou feto”, diz a dermatologista Ana Carina Junqueira Bertin. Para agravar o quadro, muitos trazem ativos perigosos na composição, como formol.
Outros tratamentos estéticos – A carboxiterapia deve ser evitada, pois promove trocas metabólicas que podem resultar em má formação fetal. Procedimentos que usaminfra-vermelho e ultrassom aceleram o batimento cardíaco fetal e podem reduzir a quantidade de líquido amniótico. A intradermoterapia é invasiva e permite a absorção de substâncias pelo organismo que prejudicam o desenvolvimento do bebê. Já atalassoterapia pode elevar a pressão arterial da gestante e até provocar parto prematuro. A toxina botulínica também está proibida, pois não há indícios de que ela não cause problemas para o feto.
Fonte Uol
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