Amendoim e nozes podem reduzir chances de asma em até 34%
Pesquisadores do Centro de Programação Fetal do Statens Serum Institut de Copenhagen, Dinamarca, descobriram que gestantes que comem nozes e amendoins durante a gravidez podem ter filhos com um risco menor de desenvolver asma e outras alergias. O estudo foi publicado no The Journal of Allergy and Clinical Immunology.
A pesquisa teve como base 62.000 mães dinamarquesas que deram à luz entre 1996 e 2002. Os autores analisaram os registros médicos dos bebês aos 18 meses e aos sete anos de idade. As mães forneceram informações sobre a frequência de consumo de oleaginosas, como amêndoas e nozes, durante a gravidez.
Os pesquisadores observaram que os bebês de mães que ingeriram oleaginosas durante a gravidez eram 15% menos propensos a ter asma, quando analisados os registros médicos aos 18 meses. Se as mães comiam nozes ou amendoins mais de uma vez por semana, essa porcentagem subia para 21%. Aos sete anos de idade, esse mesmo grupo de crianças era 34% menos propenso a ter um diagnóstico de asma do que crianças de mães que não ingeriram nozes, amendoins e outras oleaginosas.
Além disso, grávidas que consumiram nozes tiveram filhos 20% menos propensos a desenvolver outras alergias respiratórias, como rinite. No entanto, os autores notaram que o consumo de amendoins parecia não ter relação com um menor risco dessa alergia nos bebês.
De acordo com os especialistas, as novas descobertas são uma garantia de que a mãe não precisa evitar o consumo de oleaginosas na gestação, embora o estudo não prove que as nozes e amendoins oferecem uma proteção direta contra asma e alergias. Eles afirmam que os ácidos graxos e a vitamina E presente nas oleaginosas podem estar por trás dessa ação.
Nutrientes que devem marcar presença no prato da gestante
O crescimento e o desenvolvimento do feto dependem exclusivamente da nutrição materna. Segundo a nutricionista Amanda Epifânio, do Citen, as deficiências nutricionais podem provocar desde um peso abaixo do ideal no recém-nascido até uma má formação fetal. Confira o cardápio que não pode faltar na dieta da gestante:
Vitamina C
A grávida deve consumir cerca de 85mg por dia desse nutriente, pois, segundo a nutricionista Simone Freire, ele participa da formação do colágeno e auxilia na formação dos ossos, juntamente com outros minerais e vitaminas. A gestante deve ingerir frutas como acerola, goiaba, laranja, abacaxi, kiwi e caju.
Ácido Fólico
A recomendação de consumo desse nutriente para as gestantes é de 600ug por dia, porém este valor não é atingido somente com a alimentação. "Uma das grandes funções dessa vitamina é construir o tubo neural do bebê", afirma. O ideal é que a gestante comece a tomar uma suplementação de ácido fólico um mês antes da gestação, aconselha Simone. Além disso, é importante comer alimentos ricos em ácido fólico, que são folhas verdes escuras, feijões, frutas cítricas, fígado e leite.
Cálcio
Muito importante para a formação óssea do bebê, além de auxiliar no ajuste da pressão arterial da gestante, prevenindo a hipertensão gestacional ou pré-eclampsia. A recomendação é de 1000mg/dia.
Vitamina D
"Essa vitamina equilibra o cálcio durante a gravidez, passa pela placenta e se apresenta no sangue fetal na mesma concentração do que na circulação materna", aponta Simone. A vitamina D pode ser adquirida com auxílio dos raios solares, além da ingestão de alimentos como ovos, carnes e leites. A recomendação é de mais 10ug/dia.
Vitamina B6
A ingestão de vitamina B6 - 1,9mg/dia - é importante para a gestante no sentido de auxiliar a formação de novos tecidos e a fabricação da niacina, outra vitamina do complexo B, essencial para o corpo funcionar melhor e com mais energia. A vitamina B6 pode ser encontrada em carnes, peixes, aves e fígado.
Ferro
O valor diário recomendado é de cerca de 27mg, alcançado apenas com suplementação. "Mesmo que a gestante tome suplementos férreos, é importante ter uma alimentação rica nesse nutriente", diz Simone. Entre as fontes de ferro, estão carnes, vísceras, os feijões, legumes, vegetais de folha escura e ovos.
Zinco
De acordo com Simone, "o zinco é extremamente importante para auxiliar o crescimento celular, tanto da gestante como do feto". A recomendação é de 11mg/dia e esses valores também só são atingidos com suplementação. Os alimentos ricos em zinco são ostras, frutos do mar, peixes, fígado, peru e carnes.
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