Durante a gestação, há inúmeros cuidados que a futura mamãe precisa ter em relação à saúde dela e do bebê. Entre eles, está a realização de exames de rastreamento do desenvolvimento do feto, chamados não invasivos, que identificam os riscos de o filho nascer com alguma deficiência genética.
Segundo o ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade São Luiz, Javier Miguelez, o foco é avaliar se existem possíveis síndromes ou má formação física, para preparar a mamãe psicologicamente, caso exista alguma anormalidade. Por exemplo, a Síndrome de Down, anomalia cromossômica de maior incidência, que ocorre em uma a cada 500 gestações.
O ultrassom e a coleta de sangue da gestante são considerados exames não invasivos e precisam ser feito durante toda a gravidez. Juntos, eles podem rastrear até 90% dos casos de Síndrome de Down. “É importante que eles sejam feitos periodicamente, conforme solicitação do obstetra, pois nem sempre as alterações aparecem na primeira vez”, informa Miguelez.
Caso as avaliações apresentem possibilidades, não significa necessariamente que o bebê tem alguma doença genética. Para ter certeza é necessária investigação mais aprofundada. Nesses casos, os procedimentos trazem pequeno risco de 0,5 a 1% de aborto espontâneo ou prematuridade.
A futura mamãe pode ou não se submeter aos exames de rastreamentos invasivos caracterizados pela retirada de material fetal para análise. Por isso, a realização é decisão importante dos futuros papais para confirmar, antes do nascimento do filho, problemas congênitos ou alteração cromossômica.
Anteriormente, eram indicados somente para mulheres acima de 35 anos. Agora, foi levantado que 70% das mães com filhos portadores de anomalias genéticas são jovens.
Os especialistas recomendam que os exames não invasivos sejam realizados no primeiro trimestre, período em que é possível diagnosticar 1/3 dos possíveis problemas, e que sejam repetidos no segundo trimestre, quando já se pode identificar 2/3.
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