Estar grávida não é desculpa para comer por dois! Principalmente entre a 14ª e a 27ª semana, segundo revelou um novo estudo.
Gestantes com sobrepeso ou obesas que engordam além do esperado no segundo trimestre têm mais de 90% de chance de acumular quilos em excesso até o final da gravidez. Em compensação, mulheres dentro da faixa de peso ideal que se mantêm dentro dos limites esperados durante o mesmo período têm 77% de chance de engordar apenas o necessário até a hora de dar adeus à barriga. Esses foram os resultados de uma pesquisa realizada pela Universidade de Munique, na Alemanha, com 7.962 mulheres.
Segundo Cecília Helena Bueno de Barboza, obstetra do Hospital e Maternidade Santa Joana (SP): “O resultado do estudo é pertinente, já que o ganho de peso realmente começa entre a 14ª e a 16ª semana. Até este momento, costuma acontecer o contrário: as mulheres emagrecem, por sofrerem com náuseas, vômitos e mal-estar, efeitos do aumento dos hormônios da gravidez: a progesterona e o beta-HCG”. Na maioria dos casos, só depois que essa fase inicial termina é que o apetite volta ao normal e a gestante, além de recuperar os quilos que perdeu, ganha outros mais para ajustar seu corpo à chegada do bebê.
Para Rüdiger von Kries, um dos pesquisadores responsáveis pelo estudo, “Se você diz a uma pessoa: ‘você tem que perder peso [na gestação]’, isso não vai ajudá-la muito”. Por esse motivo, a grande vantagem que a pesquisa trouxe, de acordo com ele, é detectar se a gestante precisa engordar ou emagrecer enquanto ela ainda pode fazer alguma coisa a respeito disso. Desse modo, o estudo sugere que esse controle seja reforçado no segundo trimestre da gravidez.
De olho nos ponteiros da balança
Se você acabou de descobrir que está grávida, e está acima do peso, evite os alimentos hipercalóricos e corte os doces, consumindo apenas os açúcares das frutas. Além disso, adotar uma dieta fracionada, comendo em intervalos mais curtos, também ajuda a não exagerar no prato. “O grande erro das gestantes é ficar muito tempo em jejum. Como a maioria trabalha e não tem tempo de parar para comer, acaba ingerindo grandes quantidades de alimento de uma vez só”, alerta Cecília. Por isso, o ideal é se alimentar, no mínimo, a cada quatro horas.
No entanto, apenas controlar a quantidade de energia ingerida muitas vezes não basta: é preciso aumentar também a quantidade de energia gasta. Assim, praticar exercícios físicos - sempre com o aval do seu médico – contribui para que a gestante fique em forma, além de proporcionar momentos de lazer e relaxamento. Esportes na água, como hidroginástica e dança aquática, são os mais recomendados para gestantes, pois além de gastarem calorias, aliviam o peso da barriga e a sobrecarga nas articulações.
Mas não são apenas as mulheres com sobrepeso que devem se preocupar com o peso durante a gravidez. Gestantes magras demais também devem ficar atentas para que o ponteiro da balança atinja o recomendado no decorrer do segundo trimestre. Segundo o estudo alemão, as mulheres abaixo do peso que engordaram aquém do necessário durante este período tiveram 72% mais chance de terminar a gravidez pesando menos do que deveriam.
Tanto o excesso quanto a insuficiência de peso durante a gravidez são igualmente prejudiciais. Se, por um lado, o exagero aumenta as chances de a criança ter mais problemas de saúde no futuro, como a obesidade infantil, por outro, a carência pode contribuir para partos prematuros e para crianças de baixo peso.
“Como saber quantos quilos posso engordar?”
Essa pergunta, sem dúvidas, está entre as top 10 mais citadas em consultórios de obstetras.
A resposta vem de uma soma simples entre o peso de diversos elementos que a gravidez alterna no corpo da mulher, além do peso do próprio bebê (obviamente!). Considera-se o aumento do útero (900g), o volume de sangue extra que circula no corpo (1,2kg) e o estoque de gordura que se acumula naturalmente para compensar o gasto de energia da amamentação (de 2 a 3 kg). Por fim, é acrescentada ao cálculo a média de peso dos recém-nascidos, que é de 3,2 kg.
Para se ter uma ideia, estima-se que uma gestante que inicia a gravidez com um IMC (índice de massa corpórea) normal, entre 20 e 24, deva ganhar de 9 a 12 kg até o final da gravidez. Mas, atenção: apenas um obstetra pode realizar monitorar o ganho de peso durante a gestação e indicar a dieta mais adequada para cada mulher, levando e consideração seu estilo de vida e sua condição clínica.
Segundo Cecília Helena Bueno de Barboza, obstetra do Hospital e Maternidade Santa Joana (SP): “O resultado do estudo é pertinente, já que o ganho de peso realmente começa entre a 14ª e a 16ª semana. Até este momento, costuma acontecer o contrário: as mulheres emagrecem, por sofrerem com náuseas, vômitos e mal-estar, efeitos do aumento dos hormônios da gravidez: a progesterona e o beta-HCG”. Na maioria dos casos, só depois que essa fase inicial termina é que o apetite volta ao normal e a gestante, além de recuperar os quilos que perdeu, ganha outros mais para ajustar seu corpo à chegada do bebê.
Para Rüdiger von Kries, um dos pesquisadores responsáveis pelo estudo, “Se você diz a uma pessoa: ‘você tem que perder peso [na gestação]’, isso não vai ajudá-la muito”. Por esse motivo, a grande vantagem que a pesquisa trouxe, de acordo com ele, é detectar se a gestante precisa engordar ou emagrecer enquanto ela ainda pode fazer alguma coisa a respeito disso. Desse modo, o estudo sugere que esse controle seja reforçado no segundo trimestre da gravidez.
De olho nos ponteiros da balança
Se você acabou de descobrir que está grávida, e está acima do peso, evite os alimentos hipercalóricos e corte os doces, consumindo apenas os açúcares das frutas. Além disso, adotar uma dieta fracionada, comendo em intervalos mais curtos, também ajuda a não exagerar no prato. “O grande erro das gestantes é ficar muito tempo em jejum. Como a maioria trabalha e não tem tempo de parar para comer, acaba ingerindo grandes quantidades de alimento de uma vez só”, alerta Cecília. Por isso, o ideal é se alimentar, no mínimo, a cada quatro horas.
No entanto, apenas controlar a quantidade de energia ingerida muitas vezes não basta: é preciso aumentar também a quantidade de energia gasta. Assim, praticar exercícios físicos - sempre com o aval do seu médico – contribui para que a gestante fique em forma, além de proporcionar momentos de lazer e relaxamento. Esportes na água, como hidroginástica e dança aquática, são os mais recomendados para gestantes, pois além de gastarem calorias, aliviam o peso da barriga e a sobrecarga nas articulações.
Mas não são apenas as mulheres com sobrepeso que devem se preocupar com o peso durante a gravidez. Gestantes magras demais também devem ficar atentas para que o ponteiro da balança atinja o recomendado no decorrer do segundo trimestre. Segundo o estudo alemão, as mulheres abaixo do peso que engordaram aquém do necessário durante este período tiveram 72% mais chance de terminar a gravidez pesando menos do que deveriam.
Tanto o excesso quanto a insuficiência de peso durante a gravidez são igualmente prejudiciais. Se, por um lado, o exagero aumenta as chances de a criança ter mais problemas de saúde no futuro, como a obesidade infantil, por outro, a carência pode contribuir para partos prematuros e para crianças de baixo peso.
“Como saber quantos quilos posso engordar?”
Essa pergunta, sem dúvidas, está entre as top 10 mais citadas em consultórios de obstetras.
A resposta vem de uma soma simples entre o peso de diversos elementos que a gravidez alterna no corpo da mulher, além do peso do próprio bebê (obviamente!). Considera-se o aumento do útero (900g), o volume de sangue extra que circula no corpo (1,2kg) e o estoque de gordura que se acumula naturalmente para compensar o gasto de energia da amamentação (de 2 a 3 kg). Por fim, é acrescentada ao cálculo a média de peso dos recém-nascidos, que é de 3,2 kg.
Para se ter uma ideia, estima-se que uma gestante que inicia a gravidez com um IMC (índice de massa corpórea) normal, entre 20 e 24, deva ganhar de 9 a 12 kg até o final da gravidez. Mas, atenção: apenas um obstetra pode realizar monitorar o ganho de peso durante a gestação e indicar a dieta mais adequada para cada mulher, levando e consideração seu estilo de vida e sua condição clínica.
1 comentários:
Realmente e depois que engorda para voltar ao normal é terrível ;/
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