31 de ago. de 2012

Diabetes durante a gravidez aumenta as chances de autismo



Mulheres que tem diabetes, pressão alta ou obesidade antes e durante a gravidez estão mais sujeitas a ter filhos com autismo, diz um estudo feito pela Universidade da Califórnia. De acordo com os pesquisadores, as chances podem aumentar em até 60%, por isso, uma alimentação adequada é ainda mais importante antes e durante a gravidez. 
O autismo é um grupo de desordens que surgem em decorrência de transtornos no desenvolvimento do sistema nervoso, e que pode causar sérios problemas de sociabilidade, comunicação e comportamento na criança. No Brasil, aproximadamente um milhão de crianças sofrem com esse problema. 
Durante o estudo, foram observadas mil crianças. Desse grupo de voluntários, 508 tinham autismo, 178 tinham algum sinal de problemas de comunicação e 315 eram crianças com desenvolvimento normal. Os médicos analisaram o histórico de cada uma das mães e fizeram também entrevistas com as famílias das crianças. No final, eles descobriram que mulheres que tinham diabetes, hipertensão ou eram obesas tinham 60% mais chances de ter filhos autistas. 

A relação do diabetes com o autismo já havia sido encontrada em estudos anteriores, mas ainda não se sabe por que essa doença, além da obesidade e da hipertensão, aumenta tanto as chances de autismo. Segundo os autores, os exames pré-natais podem ter papel mais importante do que se acreditava na prevenção do autismo.  

Autismo

"A criança com autismo, normalmente, não aparenta nenhuma deficiência, e isso muitas vezes faz com que as pessoas a julguem como mal educada", afirma a psicóloga Ana Maria Serrajordia, mãe de uma criança autista e umas das fundadoras da AMA (Associação de Amigos do Autista). 

As disfunções são crônicas, que surgem até os três anos de idade da criança. "É genético, em muitos casos, mas pode ser adquirido como consequência de infecções e outros problemas perinatais", afirma a pediatra Fátima Dourado, presidente da Casa da Esperança. Alguns estudos mostram que fatores biológicos estão envolvidos com o transtorno autista, mas ainda não foi identificado um marcador específico. Sabe-se, com certeza, que o autismo não está ligado a vivências psicológicas da infância. 
Vale lembrar que o problema manifesta-se em vários níveis. Entretanto, quando bem realizado, o tratamento traz efeitos positivos em qualquer um eles, com aumento nas habilidades de comunicação e de comportamento. "Como a criança passa muito mais tempo com os pais, o papel deles é tão ou mais importante quanto o dos terapeutas", afirma a psicóloga. Hoje em dia, já há casos de pessoas que conseguem estudar em escolas regulares e até cursar uma universidade. 

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